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As ações do agronegócio favoritas dos gringos, segundo o BofA

21 jun 2022, 16:17 - atualizado em 21 jun 2022, 16:18
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Veja quais são as perspectivas dos investidores norte-americanos sobre o setor agro (Foto: ANeto)

O Bank Of America (BofA) divulgou relatório com as preferências de investidores norte-americanos, após reunião realizada na última semana para discutir as tendências gerais do setor de agronegócioalimentos e bebidas (A&B) da América Latina.

Segundo o relatório, o posicionamento dos investidores é geralmente pequeno nestes setores, principalmente em alimentos e bebidas, devido ao impulso desinteressante dos ganhos de curto prazo (inflação de custos, ambiente de consumo fraco) com sinais limitados de um ponto de inflexão.

“No agronegócio, o dinamismo dos resultados é mais positivo devido ao rali das commodities e as ações são vistas como defensivas em ano eleitoral”, diz.

Raízen (RAIZ4), a chilena SQM e a SLC Agrícola (SLCE3) foram os nomes mais discutidos no setor.

O relatório aponta que as opiniões dos investidores sobre SQM são mistas, com uma visão geral positiva sobre os preços do lítio no curto prazo, mas as discussões sobre oferta e demanda de longo prazo permanecem.

Já a Raízen é vista como atraente com uma história de crescimento convincente no agronegócio, mas alguns investidores querem ver as plantas E2G concluídas para avaliar melhor o risco de execução, enquanto o interesse na SLC Agrícola se deve ao impulso dos lucros.

Em relação às proteínas, JBS é a preferida

Para o BofA, os investidores norte-americanos parecem estar subponderados em proteínas brasileiras, a saber, JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3), Minerva (BEEF3) e BRF (BRFS).

“A maioria concorda com nossa preferência relativa pela JBS e acredita que a avaliação é atraente com ~20% de rendimento FCF em 2022. No entanto, isso foi parcialmente compensado por preocupações com as margens de carne bovina dos EUA e como um ambiente de consumo potencialmente mais fraco nos EUA poderia afetar os preços da carne bovina”, aponta o relatório.

O relatório diz ainda que, apesar do momento de ganhos potencialmente melhor para Minerva, dado um ciclo de carne bovina mais positivo no Brasil, a liquidez das ações é um problema.

Na BRF, os investidores continuam preocupados com o ambiente de consumo, recuperação de margens e alavancagem.

A Marfrig, que detém 33% de participação na BRF, também foi afetada, devido às preocupações semelhantes vistas com a JBS sobre as margens de carne bovina dos EUA.

Ambev está amplamente neutra

Sobre a Ambev (ABEV3), no geral, os investidores norte-americanos acreditam que o impulso dos lucros não é empolgante em 2022-23.

“Devido ao ambiente de consumo fraco, principalmente no Brasil, e às pressões de custo de alumínio e grãos. Além disso, o risco de concorrência com a Heineken continua sendo parte do debate”, diz o relatório.

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