As ações de varejistas que ainda atraem os investidores
Em meio a uma deterioração das perspectivas macroeconômicas, que levou a uma desvalorização das ações de gigantes do varejo no Brasil, investidores optam por um segmento ligado ao consumo: o de alta renda.
É o que diz a XP Investimentos, após mais de 25 reuniões com investidores locais nas últimas duas semanas. “Todos com quem falamos tinham pelo menos um dos varejistas de alta renda, devido a sua menor exposição à deterioração macro e iniciativas orgânicas sólidas”.
Segundo a corretora, o posicionamento está “bastante distribuído” entre Arezzo (ARRZ) e Grupo Soma (SOMA3). Para a primeira, o principal risco de alta seria a operação nos Estados Unidos, enquanto a segunda tem na fusão com a Hering um impulsionador, diz a instituição.
“A Vivara (VIVA3) também é um nome que os investidores tem posição, embora com menor exposição por conta de sua baixa liquidez”, comentam os analistas Danniela Eiger, Thiago Suedt e Gustavo Senday, que assinam o relatório.
A avaliação da XP segue a linha do que a corretora disse ter apurado com investidores: analistas da instituição citam as varejistas de alta renda como preferidas dentro do segmento de consumo discricionário, “principalmente pela expectativa de uma continuidade de resultados sólidos, além de termos conforto com o histórico e execução das empresas”.
Renner e Natura
A XP conta que outros nomes discutidos foram Lojas Renner (LREN3), com “posicionamento leve e mais tático”, e Natura (NTCO3), vista com cautela no curto prazo.
Fusões e aquisições também foram outro tópico das conversas, segundo a corretora, envolvendo principalmente Lojas Renner e Vivara.
Ainda conforme a XP, a visão negativa dos investidores com os nomes de e-commerce permanece, mesmo após a recente correção das ações.
Atacarejo é o formato preferido no varejo alimentar, embora não exista um consenso quanto ao posicionamento dento do segmento, disse a corretora, enquanto farma é um setor pouco alocado.