Internacional

As 5 principais notícias do mercado internacional nesta terça-feira

29 out 2019, 9:02 - atualizado em 29 out 2019, 9:08
Logo da Saudi Aramco
Saudi Aramco está finalmente sendo listada, as ações estão recuando um pouco abaixo dos recordes (Imagem: Reuters/Hamad Mohammed)

Por Investing.com

Saudi Aramco está finalmente sendo listada, os preços do petróleo estão caindo e as ações estão recuando um pouco abaixo dos recordes de segunda-feira, com início da reunião de política monetária de dois dias do Federal Reserve. Além disso, o CEO da Boeing, Dennis Muilenburg, inicia dois dias de depoimentos ao Congresso Americano sobre o 737 MAX.

1. O IPO da Saudi Aramco chegou (provavelmente)

A Saudi Aramco, a empresa mais lucrativa do mundo, finalmente deve divulgar sua oferta pública inicial no domingo, informou a TV estatal saudita.

As notícias desencadearam a venda nas bolsas de valores europeias nesta terça-feira, quando os gerentes de portfólio abriram espaço em suas carteiras para o que se espera ser um grande bloco de ações, comparando as participações existentes.

Saudi Aramco
Saudi Aramco deve divulgar sua oferta pública inicial no domingo (Imagem: REUTERS/Maxim Shemetov)

Ainda restam perguntas sobre a avaliação da empresa. Embora o príncipe herdeiro e comandante de fato do país, Mohammed bin Salman – conhecido pelo acrônimo MbS -, tenha buscado uma avaliação de US$ 2 trilhões, os relatórios sugerem que os banqueiros orientaram algo entre US$ 1 trilhão e US$ 1,5 trilhão. Se o acordo for realizado, representará um pagamento substancial para os bancos de Wall Street envolvidos.

O canal Al-Arabiya disse que a empresa pretende começar a negociar no mercado local de Tadawul em 4 de dezembro.

2. Os preços do petróleo caem com comentários russos; dados de estoques da API são esperados

Os preços do petróleo caíram para o menor nível em quase uma semana depois que o vice-ministro da Energia da Rússia, Pavel Sorokin, disse que ainda era muito cedo para se comprometer com medidas adicionais para estabilizar um mercado assombrado pela ameaça de excesso de oferta.

Petróleo Brent Setor Petrolífero Commodities
Quase uma semana depois que o vice-ministro da Energia da Rússia, Pavel Sorokin, disse que ainda era muito cedo para se comprometer com medidas adicionais, o petróleo esta em queda (Imagem: Reuters/Carlos Garcia Rawlins)

Sorokin disse em entrevista à Tass que o atual acordo de diminuição de produção, que está retendo 1,2 milhão de barris por dia de petróleo bruto dos mercados mundiais, tem sido eficaz até agora. É consistente com comentários oficiais russos anteriores, sugerindo que eles esperam que a queda nos preços deste ano possam minimizar qualquer perda adicional de participação de mercado para os produtores de xisto dos EUA.

Os investidores de petróleo não perderam tempo observando que a estreia da Aramco no mercado planejada para 4 de dezembro acontecerá apenas um dia antes de Rússia, países-membros da Opep e outros grandes exportadores se encontrarem em Viena para rever o acordo de restrição de produção, que está programado para terminar até o final de março.

Na terça-feira, o Instituto Americano de Petróleo divulgará seus dados semanais para os estoques de petróleo dos EUA. Os analistas esperam que os dados oficiais do governo mostrem um aumento de 729.000 barris na semana passada.

3. Ações devem ter uma abertura mais baixa enquanto o Fed se reúne

Os mercados de ações dos EUA devem abrir em baixa, com o início da reunião de política monetária de dois dias do Federal Reserve impedindo as apostas em novos recordes.

Wall Street
Os mercados de ações dos EUA devem abrir em baixa (Imagem: Reuters/Brendan McDermid)

Os contratos futuros do Dow em queda de 0,19%, enquanto o S&P 500 Futures recuam 0,12% e os futuros do Nasdaq 100 estáveis.

O desfile de resultados de terça-feira é grande, com as seguintes empresas prontas para divulgar seus números: Mastercard, Merck, Pfizer, Amgen, Stryker, Mondelez, ConocoPhillips (COP), S&P Global Inc, Marsh McLennan, AMD , Shopify, Allstate, Eletronic Arts, Corning, Edison, Kellogg, KKR, Martin Marietta, Mattel e FireEye.

Na Europa, a BP iniciou a temporada de ganhos para a Big Oil, com uma queda de 41% no lucro líquido implícito que manteve seus níveis de dívida um pouco acima da faixa prevista.

4. Problema crescente dos custos da Alphabet 

A Alphabet (GOOGL), empresa controladora do Google, disse que a receita cresceu 20%, para US$ 40,5 bilhões no terceiro trimestre, mas os lucros ainda são decepcionantes devido ao aumento dos custos, inclusive o custo de aumentar seus negócios de computação na nuvem, onde há muito terreno para compensar os avanços dos rivais Amazon (AMZN) e Microsoft (MSFT). As ações caíam 2% nas negociações após o fechamento.

Alphabet, empresa controladora do Google, disse que a receita cresceu 20%, para US$ 40,5 bilhões no terceiro trimestre (Imagem: Bloomberg)

O lucro total de US$ 7,1 bilhões caiu 23% em relação ao ano anterior e cerca de 15% abaixo das expectativas dos analistas.

Juntamente com resultados decepcionantes da Amazon (AMZN), os números sugerem que a Big Tech esteja começando a sofrer com a inflação de custos, mesmo que ainda esteja produzindo quantidades saudáveis ​​de dinheiro. A folha de pagamento da empresa aumentou cerca de 6% no trimestre, para mais de 114.000.

Em outros lugares após o sino de fechamento de segunda-feira, a Beyond Meat (NASDAQ:BYND) caiu 10%, apesar de ter registrado seu primeiro lucro trimestral e de ter aumentado suas perspectivas de receita. O lock-up pós-IPO dos investidores expira hoje.

5. Muilenburg da Boeing deve fazer seu depoimento ao Congresso

O diretor-executivo da Boeing, Dennis Muilenburg, deve iniciar dois dias de depoimentos perante o Congresso a respeito do escândalo do 737 MAX.

Boeing 737
Diretor-executivo da Boeing, Dennis Muilenburg, deve iniciar dois dias de depoimentos perante o Congresso (Imagem: REUTERS/David Ryder)

Em declarações preparadas para seu testemunho no Senado ainda hoje, Muilenburg admitirá “erros” e repetirá promessas de que a empresa nunca permitirá que erros semelhantes ocorram novamente.

Dependendo de quão convincente for o testemunho de Muilenburg, ele pode ter uma grande influência na reação regulatória que está por vir. Peter DeFazio, presidente do comitê de transporte da Câmara dos Deputados, disse a repórteres na segunda-feira que proporia uma nova lei para revisar o sistema regulatório, o que permitiria à Administração Federal de Aviação passar a ter responsabilidade pela aprovação de alterações no projeto de fabricantes de aeronaves, como a Boeing.

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