As 5 principais notícias do mercado internacional nesta quinta-feira
Há um acordo sobre o Brexit à vista, embora ele ainda precise ser aprovado por um teimoso Parlamento britânico. A libra e outros ativos do Reino Unido e da Europa estão respondendo com entusiasmo.
Enquanto isso, a Netflix (NFLX) está programada para anunciar um crescimento depois de ter ganhos acima do esperado no terceiro trimestre, mesmo que o crescimento de assinantes tenha ficado abaixo da meta.
Também há atualizações sobre a produção industrial dos EUA e o mercado imobiliário, enquanto o petróleo está lutando após uma grande alta nos estoques americanos na semana passada.
Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros nesta quinta-feira, 17 de outubro.
1. Acordo do Brexit
Os governos da União Europeia e do Reino Unido concordaram em um acordo que levaria o Reino Unido a deixar o bloco em 31 de outubro, evitando a perspectiva de um Brexit desordenado. O acordo deve ser aprovado em princípio por uma cúpula de líderes da UE que começa nesta quinta-feira.
A libra e as bolsas de valores do Reino Unido subiam, atingindo seu ponto mais alto em relação ao dólar desde maio deste ano, enquanto o FTSE 100 subia 0,6%. O euro também ganhava mais de 0,5% em relação ao dólar, atingindo US$ 1,11 pela primeira vez desde agosto.
No entanto, o acordo ainda precisa ser aprovado na Câmara dos Comuns, o que ainda pode ser um obstáculo, depois de três vezes ter votado contra o Acordo de Retirada anterior negociado pela Primeira Ministra Theresa May. O Partido Sindicalista Democrático da Irlanda do Norte sinalizou que não apoiaria o acordo.
2. Netflix bate nos lucros, mas o crescimento de assinantes não bate meta
A Netflix (NFLX) garantiu aos investidores que ela pode continuar a crescer, apesar da crescente concorrência na arena do streaming. Suas ações subiam quase 10% nas negociações após o horário comercial, atingindo a maior alta em mais de dois meses, devido a um lucro muito superior ao consenso das previsões.
No entanto, o crescimento de assinantes ainda não atendeu às metas da empresa pelo segundo trimestre consecutivo, chegando a apenas 6,8 milhões em todo o mundo, em vez dos 7 milhões previstos. Nos EUA, o número de novas assinaturas foi ainda menor, com 517.000, comparado à expectativa de 800.000.
Isso sugere que os clientes dos EUA podem estar esperando para ver a realidade de novos serviços da Apple (AAPL), Disney e outros antes de se comprometerem com novas assinaturas.
3. Ações indicam abertura em alta; ganhos da Big Tobacco e outras
Os futuros dos EUA devem abrir acentuadamente em alta com as notícias do acordo do Brexit anunciado anteriormente, o que deve remover uma grande incerteza das perspectivas para a economia mundial se for ratificado no Parlamento do Reino Unido.
Às 7h, os contratos futuros do Dow subiam 122 pontos ou 0,5%, enquanto os futuros do S&P 500 estavam acima de 3.000, com um ganho de 0,4%, e os futuros da Nasdaq 100 também aumentavam 0,5% (impulsionado pela Netflix (NFLX).
A lista de empresas que reportam hoje inclui Philip Morris (PM), Honeywell (HON) e Union Pacific (UNP), enquanto o Morgan Stanley (MS) completa os balanços de Wall Street. Mais cedo, a gigante de consumo, Nestlé revelou uma recompra de ações de 20 bilhões de francos, enquanto sua rival Unilever (ULVR) disse que continuava a caminho de cumprir suas metas de lucro para 2020.
4. A indústria pode se mexer depois que o consumidor mostra sinais de enfraquecimento?
Existe um cenário mais severo hoje, depois que o relatório mais fraco das vendas no varejo deste ano pôs em dúvida a capacidade do consumidor de sustentar uma economia atingida pelas tarifas de importação e uma ampla desaceleração da indústria.
Serão divulgados os dados de imóveis novos e de permissão de construção para setembro às 9h30 da manhã, juntamente com os números de pedidos semanais de seguro emprego. A pesquisa industrial do Fed da Filadélfia também será publicada na mesma hora.
Às 10h15 (horário de Brasília), serão publicados os números de setembro para produção industrial, manufatura e capacidade ociosa.
5. Petróleo batalha com aumento de estoques
O petróleo é um dos poucos ativos de risco que não responderam muito bem às notícias do Brexit, com os futuros de petróleo dos EUA caindo 0,4% no dia cotados a US$ 53,14 por barril às 7h15 da manhã.
Isso se deve, em grande parte, a um aumento monstruoso de 10,5 milhões de barris nos estoques de petróleo dos EUA na semana passada, de acordo com dados do Institute Americano de Petróleo na quarta-feira. Os dados do governo devem sair às 11h30 (horário de Brasília) e parece provável que o mercado fique rapidamente desequilibrado, à medida que o crescimento da oferta continue acima da capacidade mundial de absorvê-lo.