As 5 principais notícias do mercado internacional desta sexta-feira
O risco está definitivamente fora de questão, com os investidores dando as costas aos temores de uma crise no Oriente Médio e mostrando otimismo em relação a um potencial acordo comercial EUA–China.
O mercado de futuros de ações dos EUA está sinalizando para uma abertura em alta em Wall Street, e isso está relacionado aos três principais índices de ações que registraram fechamento recordes da noite para o dia.
Aqui está o que você precisa saber para começar o seu dia.
1. De olho no relatório de empregos dos EUA
O tom do mercado é positivo, mas se existe um indicador econômico que pode perturbar esta escalada, é o relatório de empregos de dezembro, que será apresentado às 10h30 da manhã (horário de Brasília).
Esse relatório econômico – conhecido como Payroll – sempre foi acompanhado com muita atenção pelo mercado, devido ao mandato duplo do Federal Reserve de considerar a inflação e o crescimento do emprego na condução da política monetária.
E os economistas esperam que o relatório de emprego de dezembro mostre um sólido ritmo de crescimento e ganhos salariais constantes.
Prevê-se que as folhas de pagamento não agrícolas subam para 164.000, de acordo com as análises dos economistas compiladas pelo Investing.com.
A taxa de desemprego será mantida em 3,5%, enquanto os ganhos médios por hora, um indicador da inflação dos salários, devem aumentar 0,3% no mês.
Dito isso, houve vários sinais econômicos fortes que levaram a esta previsão, incluindo uma retomada dos empregos no setor de serviços dos EUA, queda nas solicitações de seguro-desemprego e contratação pela iniciativa privada. As 266.000 adições da folha de pagamento de novembro poderiam estar dentro destas expectativas.
2. Boeing ainda sob pressão
As ações do fabricante da aeronaves foram duramente atingidas após a queda do avião Boeing 737 da Ukraine International Airlines na quarta-feira, que matou todas as 176 pessoas a bordo.
O incidente foi inicialmente atribuído à falha do motor. No entanto, houve uma mudança nessa versão quando a sucessão eventos começou a ser questionada, com várias fontes sugerindo agora um ataque de mísseis como uma possibilidade.
Isso poderia deixar o fabricante sem a responsabilidade deste incidente, mas a Boeing (BA) ainda está sob investigação pelos dois acidentes em 2018 e 2019 de seus aviões 737 Max, que mataram no total 346 pessoas.
A Boeing enviou na quinta-feira mais de 100 páginas de e-mails internos para os comitês da Câmara e do Senado que a investigam após os dois acidentes.
Isso não levou a empresa a uma perspectiva positiva, pois funcionários declararam que a empresa poderia ter enganado os reguladores e questionado sobre a segurança do modelo do avião.
3. Foco para a contagem dos estoques de petróleo
O comércio de petróleo tem sido extremamente volátil na última semana, com as tensões no Oriente Médio aumentando e depois esfriando, impactando na cotação da commodity.
No entanto, fundamentos inerentes ao mercado de petróleo também desempenharam este papel, incluindo as notícias da Administração de Informações sobre Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) de que os estoques de petróleo dos EUA aumentaram 1,2 milhão de barris, em vez da queda esperada de 3,6 milhões, na semana encerrada em 3 de janeiro.
Ainda hoje, veremos o que as empresas de petróleo estão planejando em meio à alta produção de petróleo dos EUA e ao aumento de estoques.
A Baker Hughes divulga sua contagem de plataformas de petróleo às 15h00 (horário de Brasília).
A contagem de equipamentos chegou a 670 na semana passada e a tendência caiu no ano passado.
4. Acordo Comercial EUA-China
Um dos fatores mais recentes que ajudaram a impulsionar as ações dos EUA foi a expectativa de que os governos da China e dos EUA finalmente encerrassem suas brigas comerciais, permitindo que as duas potências econômicas voltassem a negociar de forma relativamente livre novamente.
Essa visão foi ajudada pelas notícias que o principal negociador comercial do presidente chinês Xi Jinping viajará a Washington no início da próxima semana para assinar um acordo comercial de primeira fase com os EUA.
O presidente dos EUA, Donald Trump, indicou que a segunda parte do acordo comercial pode não ser ratificada até depois das eleições de 2020, mas os investidores estarão observando esse espaço de tempo para ver se mais notícias sobre esse importante acordo emergem.
5. As ações continuam em alta
Todos os três índices sêniores de ações registraram fechamentos recorde em Wall Street da noite para o dia, e os futuros de ações dos EUA apontam para mais ganhos hoje.
Às 09h44 (horário de Brasília), os futuros da S&P 500 ganhavam 0,25%, os futuros do Nasdaq 100 subiam 0,81%, e os futuros do Dow Jones avançavam 0,20%.
Há risco de queda, com o relatório oficial de emprego dos EUA chegando mais tarde, por exemplo, mas não parece haver nenhum investidor acumulado em ações.
O Federal Reserve está adotando uma postura mais passiva, as relações sino-americanas parecem estar fluindo, o emprego como índice de crescimento está forte até o momento, as tensões Oriente Médio parecem estar se estabilizando e os analistas esperam amplamente uma sólida recuperação dos lucros para as empresas S&P 500 este ano. Um período positivo no mercado de ações pode estar a caminho