As 5 principais notícias do mercado internacional desta quinta-feira
O número de mortos pelo coronavírus aumentou novamente, embora houvesse sinais de desaceleração nos relatos de novos casos.
Apesar de alguns sinais positivos, o ambiente acabou pesando sobre os preços globais de ações e de petróleo, Wall Street também indica uma abertura mais em baixa.
A Tesla deve alcançar novos recordes após um quarto trimestre melhor do que o esperado, enquanto os EUA receberão sua primeira leitura do PIB do quarto trimestre às 10h30 da manhã (horário de Brasília).
E Mark Carney, do Banco da Inglaterra, resolveu seguir o que Jerome Powell fez e também manteve as taxas de juros, no que foi o último encontro do canadense antes de deixar o cargo.
1. Número de mortes por coronavírus aumenta à medida que o vírus se espalha
A China registrou seu maior salto em um dia nas mortes de coronavírus, o número subindo de 132 para 170, na quarta-feira. O número de casos confirmados na China agora é de 7.711, acima dos 5.974 do dia anterior.
A taxa de crescimento nos casos confirmados parece estar diminuindo para cerca de 30%, ante 50% no início da semana. Além disso, a taxa de fatalidade permanece bem abaixo da da epidemia de SARS, com apenas 2,2% dos casos relatados levando à morte até agora.
No entanto, a doença continua a se espalhar, com a Índia relatando seu primeiro caso confirmado. A Rússia disse que fecharia sua fronteira gigante com a China.
A Organização Mundial da Saúde se reunirá novamente na quinta-feira para rever sua decisão de não declarar o surto uma questão de preocupação global.
2. Leitura do PIB do primeiro trimestre dos EUA
Os EUA mostra sua primeira leitura do Produto Interno Bruto no quarto trimestre do ano passado às 10h30 da manhã (horário de Brasília).
Os analistas esperam que a taxa de crescimento anualizada tenha ficado relativamente modesta em 2,1%, enquanto a desaceleração causada pelos conflitos comerciais com a China e outros países continua se arrastando.
A atualização ocorre um dia depois que o Federal Reserve deu poucos sinais de flexibilização da política monetária ainda mais no curto prazo, embora o presidente Jerome Powell tenha reiterado que o banco central não estava satisfeito com a inflação ainda abaixo da meta e permanece alerta ao risco de tendências da desinflação global – que parece ser reforçada no curto prazo devido ao impacto do coronavírus na economia chinesa.
3. Ações e petróleo em baixa novamente devido a novas atualizações sobre o vírus
As bolsas de valores dos EUA devem abrir em forte baixa, à medida que o aumento do número de mortes pelo coronavírus mais uma vez abalou a confiança em todo o mundo, com os trades também conscientes de que o Fed não tem pressa de resgatá-los novamente.
Às 10h20 (horário de Brasília), futuros do Dow 30 caíam 227 pontos ou 0,71%, enquanto futuros do S&P 500 recuavam 0,75% e os futuros do Nasdaq 100 cediam 0,61%.
Isso apesar do apoio dos ganhos acima do esperado na quarta-feira pela Microsoft (MSFT), Facebook (FB), Mondelez (MDLZ) e PayPal.
Os futuros de petróleo dos EUA também sofreram o abalo, com o barril cotado abaixo US$ 52, pela primeira vez em três meses.
O fluxo de lucros da Europa foi misto na quinta-feira, com as ações da Royal Dutch Shell (RDSa) atingindo uma mínima de três anos após dados decrescentes das margens e contábeis, obrigando-os a desacelerar seu gigantesco programa de recompra.
O Deutsche Bank (DBKGn), por outro lado, superou as expectativas, embora seus números tenham sido fortalecidos pelos ganhos inesperados no comércio de títulos.
4. Carney mantém as taxas antes de sair do Banco da Inglaterra
O Banco da Inglaterra resolveu manteve suas próprias taxas de juros oficiais em 0,75% ao ano, um dia antes do Reino Unido formalmente encerrar seus 46 anos de associação à União Europeia.
O mercado apostava na manutenção, apesar de uma enxurrada de comentários dos diretores, sugerirem que eles estavam inclinados a flexibilizar a política para protegê-los de uma desaceleração causada pela incerteza do Brexit e os efeitos da disputa comercial EUA-China.
Dados recentes – dos preços das casas ao índice dos gerentes de compras da Markit – produziram mais surpresas positivas do que negativas, o que pode levou o Comitê de Política Monetária a esperar até que veja os novos planos de gastos do governo em março.
5. O quarto trimestre da Tesla deve levar ações para um novo recorde
As ações da Tesla (TSLA) devem bater novos recordes na abertura, após subir 11% nas negociações no after-market, e um balanço trimestral mais robusto do que o esperado.
O CEO e fundador Elon Musk previu que as entregas “tranquilamente excederão” 500.000 este ano, um aumento de 35%, e também disse que espera que lucros positivos e números de fluxo de caixa sejam a regra e não a exceção no futuro.
Tanto a receita quanto o lucro superaram as expectativas no quarto trimestre, embora a receita tenha crescido apenas 2% e a margem de lucro caiu à medida que o Modelo 3 de maior volume e menor margem dominava cada vez mais o mix de vendas.
Em outros lugares do mundo na quinta-feira, a empresa afirmou ter firmado uma parceria com a CATL e a LG Chem, maiores fabricantes de baterias de veículos elétricos na China e na Coréia do Sul, para fornecer baterias para seus carros elétricos. Até agora, a Tesla dependia da Panasonic do Japão.