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As 5 ações com maior queda na bolsa em 2019. Você acha que elas vão se recuperar?

09 jan 2020, 17:30 - atualizado em 09 jan 2020, 17:30
Mercados Ações Ibovespa
Apenas seis dos 73 ativos presentes no índice recuaram no período, segundo a XP Investimentos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa apresentou uma performance memorável em 2019, renovando sua máxima histórica algumas vezes e acumulando uma alta de mais de 30% Segundo um relatório da XP Investimentos, apenas seis dos 73 ativos presentes no índice recuaram no período, tendo a Braskem (BRKM5) liderado o ranking das ações perdedoras.

A petroquímica vem passando por uma fase difícil. Com a desistência da LyondellBasell em adquirir a participação do Grupo Odebrecht na companhia e o impacto ambiental decorrente da mineração de sal-gema em Alagoas, seus papéis desvalorizaram 35% no ano passado.

“A empresa é alvo de ações judiciais e teve que encerrar suas atividades de extração de sal-gema na cidade de Maceió. Com isso, houve receio quanto ao tamanho do impacto que a empresa teria que arcar”, explicou a equipe de análise da corretora.

Isso não quer dizer, no entanto, que os papéis não podem se recuperar em 2020. A Qualicorp (QUAL3), por exemplo, já chegou a cair quase 30% em um único dia de 2018 e foi, de longe, a ação que mais valorizou no ano passado, disparando 243%. Essa “virada” só foi possível porque a empresa se viu obrigada a fazer uma reorganização societária após um negócio mal-sucedido.

No início de 2020, a Braskem anunciou que fez um acordo bilionário com a Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE), o Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE) e a Defensoria Pública da União (DPU) para compensar e realocar moradores e fechar os poços na região.

Cenário não de todo ruim

cvc
Mesmo tendo vivido momentos complicados em 2019, a companhia conseguiu se manter lucrativa, registrando resultado líquido positivo de R$ 152 milhões entre janeiro e setembro (Imagem: Roberto Tamer)

A CVC Brasil (CVCB3) registrou queda de 28% em 2019. Os motivos, segundo a XP, podem ser associados à decepção do mercado com o crescimento de reservas e à recuperação judicial da Avianca, principal parceiro aéreo da empresa. As despesas não-recorrentes geradas com o cancelamento dos voos para a CVC chegaram a R$ 137,4 milhões nos primeiros nove meses do ano.

Mesmo tendo vivido momentos complicados, a companhia conseguiu se manter lucrativa, registrando resultado líquido positivo de R$ 152 milhões entre janeiro e setembro. Paralelamente, houve redução da alavancagem, de 2,04 vezes nos últimos 12 meses para 1,88 vezes no fim do terceiro trimestre de 2019.

Smiles (SMLS3) é outra empresa ligada ao setor aéreo que figura entre as maiores desvalorizações de 2019. Suas ações apresentam no momento maior percepção de risco, cenário influenciado pela decisão da Gol (GOLL4) em não renovar o contrato operacional com a empresa. A divulgação de projeções abaixo das expectativas do mercado para 2020 afetou ainda mais o preço do papel, que apresentaram variação negativa de 4% no ano passado.

No caminho para a recuperação

A Ultrapar (UGPA3) e a Embraer (EMBR3) tiveram um ano desafiador. Enquanto que a companhia aérea viu suas ações desvalorizarem 9% devido a notícias de uma possível suspensão do acordo de criação da joint-venture com a Boeing, a empresa de distribuição de combustíveis, que teve seus papéis desvalorizados em 2%, apresentou problemas em todas as suas linhas de negócios.

A Ultrapar conseguiu recuperar parte da perda acumulada a partir do terceiro trimestre de 2019 devido à melhora estrutural nos negócios (Imagem: Reprodução/Ultra)

Ainda assim, a Ultrapar conseguiu recuperar parte da perda acumulada a partir do terceiro trimestre de 2019 com a melhora estrutural de suas subsidiárias. As ações subiram nas últimas semanas do ano, puxadas por notícias sobre a potencial aquisição de participações em refinarias da Petrobras (PETR3;PETR4) pela empresa.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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