Comprar ou vender?

As 4 tecnologias disruptivas e lucrativas para investir, segundo o UBS

14 jan 2022, 12:08 - atualizado em 14 jan 2022, 12:08
Confira as ações indicadas pelo UBS (Imagem: Freepik/kjpargeter)

As ações de tecnologia sofreram um impacto direto (e alto) em 2020. O que se tem visto é uma queda dos papéis nos últimos tempos.

Apesar disso, o UBS ainda apoia o investimento nas techs como “uma estratégia viável”, apesar de os investidores estarem buscando ações mais seguras em meio ao cenário de alta de juros pelo Federal Reserve (Fed, análogo ao Banco Central brasileiro).

Em nota, Mark Haefele, diretor de investimentos do UBS, afirmou que “esse revés não indica necessariamente uma desaceleração mais ampla para o setor de tecnologia”.

“Os investidores não devem perder de vista outros investimentos e crescimento significativos do setor de tecnologia que virão em 2022 e além”, disse Haefele, segundo o site Business Insider.

A equipe do diretor argumenta que existem três razões principais para investir em ações de tecnologia de pequena e média capitalização em vez de nomes como Tesla e Apple.

Segundo a UBS, “empresas menores apresentam um crescimento de lucros mais rápido, recebem níveis mais baixos de escrutínio regulatório e são mais propensas a se beneficiar de fusões e consolidações”.

De acordo com os analistas do UBS, investir em ações de tecnologia de mega capitalização oferece alguma exposição a tecnologias disruptivas. No entanto, as altas avaliações atuais significam que os investidores devem procurar nomes menores e com mais potencial de crescimento.

Na opinião dos analistas, para surfar o crescimento do setor, os investidores terão que olhar além das empresas de grande capitalização e focar em nomes de capitalização média que podem ser “a próxima grande coisa”.

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Mas onde investir?

5G é um investimento que vale a pena, segundo a UBS (Imagem: Freepik/rawpixel.com)

Segundo o UBS, três inovações devem ficar no radar do investidor: Inteligência Artificial (IA), big data e segurança cibernética.

O UBS afirma que a IA “apresentará os retornos mais fortes das tecnologias ABC” e que “o mercado de serviços e hardware crescerá 2o% ao ano para atingir US$ 90 bilhões nos próximos cinco anos”.

Em relação ao big data, a crença é a de que ele também aumentará na próxima década, com expectativa do universo global de dados se expandir dez vezes nesse período.

Já a segurança cibernética representa “outra oportunidade promissora de investimento”, visto que cerca de 330 milhões de pessoas foram vítimas de crimes cibernéticos.

“A mudança para a computação em nuvem reduziu significativamente os custos da empresa, mas aumentou o impacto potencial de um ataque online”, disse a equipe de Haefele.

“Esperamos que o setor de segurança cibernética cresça em média 10% entre 2020 e 2025, graças aos gastos cada vez maiores com TI corporativa e à adoção mais forte da segurança na nuvem”, acrescentou.

A expectativa dos analistas é a de que a receita total associada aos três temas suba de US$ 386 bilhões em 2020 para US$ 625 bilhões em 2025.

E ainda existe espaço para mais uma inovação: o 5G. O banco destacou que essa tecnologia “será 20 vezes mais rápida que o 4G, facilitando disruptores”.

“A tecnologia 5G […] reforçará o impacto das tecnologias ABC, permitindo várias aplicações que antes não eram viáveis”, disseram analistas do UBS.