Credit Suisse escolhe 4 brasileiras entre as 15 melhores ações de emergentes
Em relatório obtido pelo Money Times, o Credit Suisse listou suas 15 ações de empresas de países emergentes (exceto Ásia) favoritas para o segundo trimestre. A relação traz quatro brasileiras: Ambev (ABEV3), São Martinho (SMTO3), JBS (JBSS3) e Engie Brasil (EGIE3).
A seleção foi baseada na plataforma Holt. Trata-se de um banco de dados com mais de 20 mil empresas de todo o mundo.
O Credit Suisse também se apoiou numa métrica desenvolvida e patenteada por ele: o CFROI (retorno do fluxo de caixa sobre investimento). As recomendações são assinadas por Pablo Cossaro e Pooja Shakya.
Baseado nesses critérios, o Credit Suisse observa que a Ambev se destacou no último trimestre. Pela métrica CFROI, cervejaria está “desbotando rapidamente”. Mas, segundo os analistas, sua liderança de mercado e suas marcas fortes representam “um paraíso seguro” durante a crise do coronavírus.
Segundo o banco, a Ambev é um estilo de investimento “dissidente”, isto é, contraria o consenso do mercado, por seu mau momento, mas conta com boa qualidade operacional e valuation barato.
Pessimismo exagerado
Quanto ao grupo de açúcar a álcool São Martinho, o Credit Suisse afirma que, “talvez, os investidores estejam excessivamente pessimistas”. Para o banco, a companhia é “bem administrada”, o que se constataria pelo CFROI de 6,5%.
A recomendação do banco, para a São Martinho, é neutra.
Carteira recomendada de países emergentes para o segundo trimestre
A JBS é destacada pela recuperação ao longo de 2019, considerado um ano em que a “fortuna da empresa mudou”. Sólidas exportações para a China e ganhos de margem nos EUA e no Brasil reforçam a preferência do Credit pelo frigorífico, que é o maior produtor mundial de proteína animal.
O banco classifica o investimento na JBS como um caso de reestruturação, ou seja, a empresa mostra baixa qualidade operacional, mas vive um bom momento e seu valuation é barato.
Já a Engie é lembrada como “uma ação defensiva nos mercados emergentes, com dividend yield atrativo”. Segundo o Credit Suisse, em 2020, CFROI da companhia atingirá o maior nível em oito anos – ao redor de 7%.
A recomendação para a Engie é neutra.