Comprar ou vender?

As 15 melhores ações para ‘tirar lucros’ no Brasil, segundo Santander

15 out 2024, 13:35 - atualizado em 15 out 2024, 17:22
Ibovespa, Ações, Investimentos, Selic
Melhora econômica do Brasil pode resultar em valorização surpreendente de algumas ações; entenda o porquê. (Imagem: Unsplash/Firmbee.com)

O Santander reviu o seu portfólio de Brasil em meio às mudanças de cenário aqui e nos Estados Unidos. Lá fora, a expectativa recai sobre os juros.

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Segundo os analistas, após a divulgação do CPI dos EUA em setembro, o mercado futuro agora prevê um corte de taxa de 25 bps (pontos-base) em novembro, abaixo dos 50 bps.

“A inflação não está mais caindo tão rapidamente, e o mercado de títulos não parece mais acreditar que o Federal Reserve ultrapassará sua meta para o lado negativo”, diz.

Por aqui, a preocupação, mais uma vez, é no fiscal. Tudo isso porque o governo propôs uma expansão da faixa de isenção do imposto de renda para indivíduos que ganham até R$ 5 mil por mês, o que causou comoção no mercado.

Nos cálculos do banco, essa medida pode resultar em uma redução da arrecadação de impostos em aproximadamente R$ 40 bilhões, o equivalente à cerca de 0,4% do PIB, minando ainda mais a confiança dos investidores no comprometimento da administração em reduzir o desequilíbrio fiscal.

Os rendimentos de dois anos do Brasil dispararam cerca de 30 pontos-base, com a curva agora precificando uma taxa Selic Terminal de 13,25% para setembro de 2025, desfazendo a maioria dos cortes de taxas implementados desde junho de 2023.

“Embora as taxas possam parecer assimétricas, e possa ser tentador comprar nomes sensíveis a taxas, teríamos cautela neste momento. A frente fiscal continua a produzir uma cacofonia de ruído, com quase todos os dias trazendo novas notícias que podem impactar o sentimento do mercado”, afirma.

Entre os empresas, o Santander prefere teses idiossincráticas, compostas por nomes com potenciais revisões positivas de lucro por ação e momentum de lucros positivos e ações que, historicamente, superaram os ciclos de alta do Banco Central e o Fed.

As maiores posições na carteira são Totvs (TOTS3), Sabesp (SBSP3), Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Petrobras (PETR4).

Empresa Ticker Exposição na carteira
Totvs TOTS3 5,3%
Sabesp SBSP3 5,2%
Itaú ITUB4 4,8%
Bradesco BBDC4 4,5%
Petrobras PETR4 4,5%
Eletrobras ELET6 4,3%
Hapvida HAPV3 4,2%
Renner LREN3 3,2%
Porto Seguro PSSA3 3%
Direcional DIRR3 3%
Mercado Livre MELLIU 3%
SmartFit SMFT3 2%
Vivara VIVA3 1,8%
WEG WEGE3 1,8%
Vale VALE3 0,8%

Quem sai e quem entra?

Sabesp (substitui Equatorial)

Motivo: Sabesp apresenta uma dívida líquida/Ebitda menor e maior controle de exposição ao CDI.

Lojas Renner (substitui Localiza)

Motivo: Oportunidade de crescimento mais atraente e recuperação da lucratividade através da alavancagem operacional.

Weg (substitui RaiaDrogasil)

Motivo: Embora ambas as empresas tenham perfis defensivos, a Weg tem um impulso de lucros superior e a expectativa de revisões positivas, impulsionadas por uma maior demanda no setor de Transmissão e Distribuição (T&D).

Porto Seguro (substitui BTG)

Motivo: A Porto Seguro é uma ação mais sensível positivamente à taxa Selic, oferecendo melhor oportunidade em comparação com o BTG.

Bradesco (substitui Banco do Brasil)

Motivo: O Bradesco deve apresentar melhor desempenho nos lucros nos próximos trimestres, com potencial de aumento na lucratividade via receitas de crédito e provisões mais baixas.

Exclusões

Brava Energia: foi excluída do portfólio, e a participação da Petrobras foi aumentada de 1,2% para 4,7%.

Motivo: A exclusão foi motivada pela consolidação da participação da Brava na Petrobras, que passou a ser vista como uma oportunidade mais atrativa.

Cyrela: foi removida, e a posição de sobreponderação na Direcional foi elevada de 2% para 3%.

Motivo: Direcional foi considerada uma melhor oportunidade.

Santos Brasil: foi vendida após uma valorização de 20% devido a uma oferta pública de aquisição por uma operadora logística francesa.

Hapvida: a participação foi aumentada de 2,1% para 4,8%.

Motivo: Expectativa de um ponto de inflexão positivo na adição líquida de membros de assistência médica, com recuperação prevista no terceiro trimestre após vários trimestres de perdas.

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