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Arroz e feijão concorrem para bisar em novembro o fim da deflação do IPCA

10 nov 2022, 16:32 - atualizado em 10 nov 2022, 16:59
Arroz Grãos Agricultura Agronegócio
Arrozeiros gaúchos já pressionam por preços maiores com fim de ano chegando (Imagem: Reuters/Erik De Castro)

A deflação de três meses ficou para trás e pode vir um pouco mais de carestia para novembro e dezembro, com os alimentos bisando a alta de outubro.

No Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 0,59%, só o arroz e o feijão não figuraram na puxada de 0,72% do grupo Alimentação (0,16 pp de impacto total). A conta ficou para os hortifrutigranjeiros.

Mas, neste mês há uma alta chance de o arroz e o feijão (pouco menor) entrarem, assim como outros itens que deverão refletir a chegada do final de ano.

Vlamir Brandalizze, falando especificamente do arroz, nota que os negócios estão mais fluídos, com a corrida dos supermercados em repor seus estoques, porque logo mais a prioridade será as mercadorias de festas.

Isso já alimenta os preços, tanto quanto a demanda pode andar um pouco mais com as parcelas do auxílio e a primeira parcela do 13º salário.

Enquanto isso, o analista ecoa os dados da Conab que reduziu em cerca de 200 mil toneladas a safra que está plantada, para 10,6 milhões/t (10,8 no último recorte, que também foi o número da última safra).

E, também, uma redução de área no Rio Grande do Sul, o maior fornecedor nacional.

Em Uruguaiana, Brandalizze está vendo a saca em já escalando os R$ 80/81 ao produtor.

Pelos lados do Centro-Oeste, o arroz irrigado do Tocantins também apresentará redução mais expressiva, levando pressão de alta nos preços ao Norte.

Quanto ao feijão, que até o preto está na lista do IBGE entre as baixas de outubro, a situação também é de ganhar um pouco mais de ritmo nas compras dos varejistas, mas por enquanto eles ainda não estão aceitando os preços que já começam a carregar os informes da Conab, informa o especialista em grãos.

Além de oferta pouco menor na primeira safra, pois também o frio e geadas fora de hora deram alguns prejuízos no Paraná, entre os maiores produtores.

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