Arrecadação federal sobe 7,97% em outubro e atinge recorde para o mês de R$ 205,475 bi
A arrecadação federal registrou mais um recorde em outubro, impulsionada pelo recolhimento de royalties de petróleo e por uma robusta arrecadação de empresas e também de investimentos em renda fixa, que ganharam força com a elevação da taxa básica de juros, mostraram dados divulgados nesta terça-feira.
De acordo com a Receita Federal, a receita tributária totalizou 205,475 bilhões de reais em outubro, 7,97% a mais em termos reais em relação ao mesmo mês do ano passado.
O resultado foi o maior para o mês da série iniciada em 1995, e só ficou abaixo do dado de janeiro de 2022. Recordes mensais também foram alcançados em todos os outros meses deste ano.
A Receita Federal apontou que o crescimento econômico mais forte ajudou a aumentar o recolhimento de impostos sobre a renda das pessoas jurídicas, enquanto os preços mais altos do petróleo alavancaram os royalties.
Os impostos sobre a renda do capital também aumentaram 57% em outubro, em razão da apreciação da taxa Selic, disse o fisco, destacado o desempenho dos fundos e títulos de renda fixa.
A arrecadação administrada pela Receita, que engloba a coleta de impostos de competência da União, cresceu 7,39% em termos reais em outubro, para 185,284 bilhões de reais. Já aquelas administradas por outros órgãos, com peso grande dos royalties sobre a exploração de petróleo, subiram 13,60%, a 20,191 bilhões de reais.
O banco central interrompeu seu ciclo de aperto em setembro, mantendo sua taxa de referência em 13,75% por duas reuniões de política monetária consecutivas, depois de ter elevado gradualmente a Selic do menor patamar da história de 2% a partir de março de 2021.
No acumulado do ano, a arrecadação tributária subiu 9,35% em relação ao mesmo período de 2021, para 1,836 trilhão de reais, também recorde da série do governo.
O resultado reforçou a expectativa do Ministério da Economia de superávit primário do governo central neste ano, o primeiro desde 2013.
(Atualizada às 11:52)
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