Agronegócio

Arrancada do boi patina, apesar da tendência, e arroba fica entre estável e queda

18 jul 2019, 16:05 - atualizado em 18 jul 2019, 16:12
O fim das pastagens, portanto com menor oferta de bois, seria o principal indicador de preços mais firmes

Sob fundamentos indefinidos, o mercado físico do boi gordo mais confunde que clareia. Dava mostras de começar a enfrentar mais a pressão dos compradores, aliás como Money Times deu ontem, mas nesta quinta (18) as referências de preços saíram dos negócios entre estabilidade e queda. Não perdeu o campo de tendência de firmeza, mas a arrancada da arroba está demorando mais.

Apesar do ritmo fraco de vendas internas, acentuado na segunda quinzena do mês, o resto final do boi de pasto (em quantidade provavelmente maior do que se esperava), sem pasto com a seca de inverno, os frigoríficos tendo que escalar abates para virarem o mês e a demanda por exportações, poderiam deixar um rastro de movimento mais sólido.

A Scot Consultoria cortou R$ 1,00 das cotações pesquisadas em Barretos e Araçatuba, que acabam valendo como média de São Paulo. À vista, R$ 152,50, e a prazo, R$ 154,50. O valor para pagamento no ato ficou até abaixo do levantado na quarta pelo Cepea/Esalq, R$ 152,90.

Já a Agrifatto informa que a média paulista ficou “lateralizada”, em R$ 154,31.

Os levantamentos das consultorias e do instituto da USP – este inclusive balizando a liquidação do mês corrente na B3 – captam as informações conseguidas, na maioria dos casos, com vendedores e compradores, entre os quais clientes (com exceção do Cepea). E naturalmente abrangem um universo limitado.

Porém, dificilmente estão fora da curva, especialmente porque mais próximos de informações de negócios com boi comum, o grosso do mercado.

Animal com premiação, como o “boi China”, sempre na faixa de R$ 2/3,00 a mais, e o “boi Europa”, com sobrepreço de R$ 4,00 em diante, mais ainda quando tem cota Hilton. Quando a escassez é geral no mercado, o gado com bonificação, que não necessariamente só vai para fora do Brasil, acaba puxando o mais comercial.

No restante do Brasil pecuário, a pressão fica mais intensa no Mato Grosso, maior rebanho, porque a oferta que já é grande aumenta com a entressafra, quando há uma corrida maior para tirar animais dos pastos secando. E deixou uma média de R$ 142,00/@ no Sudoeste do estado, segundo alguns produtores, contra R$ R$ 138/139,00 visto pela Scot Consultoria.

Para o Mato Grosso do Sul, a média da Agrifatto também manteve os R$ 142,00 e, para Goiás, R$ 140,50. Andaram de lado hoje sobre ontem

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