Economia

Arraiá mais caro: produtos juninos sobem mais que a média da inflação

10 jun 2022, 9:42 - atualizado em 10 jun 2022, 9:42
Viajantes estão de olho no nordeste e nas festas juninas que acontecem até o mês de julho

Aqueles que gostam de festa junina podem preparar o bolso, porque o preço médio dos ingredientes e insumos para o preparo dos principais pratos e quitutes tradicionais da época subiu.

De acordo com um estudo divulgado nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE), a alta foi de  13,12% nos últimos 12 meses. E mais: os preços estão acima da inflação ao consumidor, medida pelo Índice de Preço ao Consumidor (IPC-M), que ficou em 10,08% no mesmo período. E mesmo se for considerado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os preços superaram a inflação de 11,73%.

“O Brasil tem vivido choques climáticos sucessivos praticamente desde 2020. As chuvas torrenciais nos meses de verão impactaram quase todas as culturas de hortifrutis. Por isso, houve uma escalada de preços absurda nos últimos quatro ou cinco meses de itens tão básicos”, afirma Matheus Peçanha, economista do FGV IBRE.

Foram avaliados 27 itens alimentícios e temos más notícias para os amantes de caldo verde e maçã do amor: a batata-inglesa e a couve subiram 71,35% e 29,34%, respectivamente. Já o açúcar refinado, a maçã e o açúcar cristal subiram 42,02%, 28,68% e 26,8%, respectivamente.

Apenas dois produtos viram o preço cair no período pesquisado: o leite de coco (-2,36%) e o arroz (-8,98%).

Veja a variação de preços de outros produtos que estão acima da inflação:

Milho de pipoca: +20,95%
Leite longa vida: +18,03%
Farinha de trigo: +16,78%
Aipim/mandioca: +16,03%
Fubá de milho: +15,63%
Ovos: +15,1%
Batata doce: +13,83%
Milho em conserva: +12,08%
Queijo minas: +11,23%
Leite condensado: +10,67%
Linguiça: +10,1%

“Muitos desses produtos não têm substituto para quem quer seguir a receita tradicional, então a principal dica para driblar o impacto no bolso do consumidor é pesquisar preços, dar preferência a marcas menos conhecidas ou reunir um grupo maior e comprar no atacado para conseguir descontos maiores”, aconselha Peçanha.

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