Arraiá da B3: Casamento da XP e Modal, bomba da PIS/Cofins, as previsões de Stuhlberger e outros destaques do dia
As festas juninas parecem ter contagiado os investidores. E não só aqui no Brasil. A bolsa de Nova York retornou na semana passada ao chamado território de bull market.
Na segunda-feira, os mercados financeiros mantiveram-se em alta quase em todo o planeta. E hoje, se nada atrapalhar, a expectativa é de que o arraiá da B3 continue animado.
Os chineses vieram para a festa trazendo um pé-de-moleque bem feito. O banco central da China cortou uma de suas taxas de juro em meio a sinalizações de mais estímulos à segunda maior economia do mundo virão na semana que vem.
Dos Estados Unidos, o pessoal que veio pro arraiá espera um brigadeiro. É verdade que o docinho é mais adequado para um aniversário do que para uma festa junina. Mas investidor nenhum vai reclamar se o CPI de maio abrir um céu de brigadeiro nos mercados financeiros.
Se a inflação ao consumidor norte-americano desacelerar — ou não acelerar demais —, é possível que o delegado Jerome Powell coloque a alta dos juros nos EUA na cadeia amanhã.
Aproveitando o clima, o Banco Central, do alto de sua legitimidade de padre de festa junina, deu a bênção para o casamento do Banco Modal com a XP.
O que ainda não está claro é se o fato de o STF ter formado maioria para tirar a bomba da PIS/Cofins do colo do governo e passado para o dos bancos vai desandar o quentão do setor financeiro por aqui.
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O que você precisa saber hoje
ESTRATÉGIA
Por que o gestor do lendário fundo Verde vê espaço para a bolsa subir ainda mais. Luis Stuhlberger mantém 20% do fundo na B3 e vê corte de juros próximo com arcabouço fiscal e surpresas positivas com PIB e inflação.
SEM PAPAS NA LÍNGUA
A saia justa que Luiza Trajano, do Magazine Luiza, vestiu em Campos Neto por causa do juros altos. A presidente do Conselho de Administração do Magalu disse ao chefe do Banco Central: “baixa os juros, mas não é 0,25 ponto porcentual, não, que é muito pouco”.
EU VOS DECLARO…
Casamento consumado: União entre o UBS e o Credit Suisse é concluída. Veja como fica a nova família suíça. O UBS ampliado terá um balanço de US$ 1,6 trilhão e uma força de trabalho de 120 mil pessoas — mas não terá lugar para todo mundo.
INSIGHTS ASSIMÉTRICOS
O fim da alta nos juros ou uma pausa estratégica? Veja como o Fed pode virar a página da política monetária nos Estados Unidos. A atenção dos mercados globais está voltada para a reunião do banco central dos EUA nesta semana, na qual espera-se que o Fed mantenha os juros estáveis, segundo o colunista Matheus Spiess.
Uma boa terça-feira para você!