Armazenagem, seguro, máquinas, pequeno produtor e mais: As prioridades da FPA no Plano Safra 2023/2024
A semana que se inicia nesta segunda-feira (12) deve marcar uma série de reuniões entre a Frente Parlamentar da Pecuária (FPA), o Ministério da Fazenda e o Banco Central sobre o Plano Safra 2023/2024.
O Agro Times conversou com o presidente da bancada ruralista, Pedro Lupion (PP-RS) sobre as prioridades da FPA quanto ao Plano Safra.
Pequeno e médio produtor rural
De acordo com o líder da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o Plano Safra está conseguindo cada vez mais atingir seu objetivo principal de ajudar o pequeno e médio produtor a angariar recursos.
“Em torno de 70% das contratações do último plano agrícola foram do Pronaf (Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e é importante mantermos isso, já que as pequenas e médias propriedades são a realidade do Brasil”, explica Lupion.
Armazenagem
Na visão de Lupion, é necessária a implementação de uma nova prioridade para o Plano Safra 23/24.
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“Atualmente estamos com um problema muito sério em nível de armazenagem de safra. A safra de soja ficou nos caminhões parada pelo Brasil e a de milho sofreu com problemas maiores, ainda mais com os preços baixos, essa safra ficará em fazendas cobertas por lonas, um completo absurdo”, diz.
Seguro rural
Segundo o líder da bancada ruralista, a FPA “briga” por R$ 25 bilhões na composição, mas deve se contentar com um volume total de R$ 20 bilhões.
“O seguro rural é uma grande preocupação, justamente por precisarmos de um volume robusto. Desse total, precisamos de pelo menos R$ 5 bilhões, o que vamos tentar buscar nessas reuniões com Haddad e BC”, comenta.
Máquinas agrícolas e agricultura de baixo carbono
Por fim, Lupion solicita uma maior atenção ao Moderfrota (Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras), assim como benefícios para agricultura de baixo carbono no Plano Safra.
“O pátio de máquinas e as máquinas que transitam pelo país foram esquecidas nos últimos programas agrícolas. Além disso, precisamos de incentivos para agricultura de baixo carbono, assim como pagamento por serviços ambientais, tudo isso precisa estar presente”, finaliza.