Argumentos a favor de ação do BCE ganharão força se inflação persistir, diz Makhlouf
Argumentos a favor de ação de política monetária por parte do Banco Central Europeu (BCE) ficarão mais fortes se as tendências atuais de inflação persistirem, mas dados recentes não mostram evidências de tal resultado, disse o membro do Conselho do BCE Gabriel Makhlouf nesta terça-feira.
A inflação na zona do euro atingiu 4,1% em outubro, impulsionada por custos mais altos de energia, e deve ficar acima da meta de 2% do BCE no próximo ano, já que fornecedores afetados pela pandemia não conseguem acompanhar a reabertura econômica.
Makhlouf, chefe do banco central da Irlanda, disse que o BCE deve estar ciente dos efeitos do endurecimento da política monetária, já que a recuperação diante da pandemia permanece altamente incerta e erros na conduta do banco hoje poderiam ser mais custosos do que os riscos decorrentes do atual salto da inflação.
No entanto, ele disse que as autoridades não podem se dar ao luxo de serem complacentes.
“Precisamos reconhecer que há riscos para as perspectivas de inflação. Se as tendências atuais de inflação persistirem, argumentos a favor de ação de política monetária se tornam mais fortes”, disse Makhlouf em discurso publicado no site do banco central irlandês.