Argentina vive recessão técnica em meio à queda do PIB e perda do poder de compra; entenda
A Argentina entrou em um quadro de recessão técnica, que ocorre quando a economia retrai por dois trimestres consecutivos. Nesta segunda-feira (24), o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país caiu 5,1% no primeiro trimestre de 2024 (1T24), em comparação com o mesmo período do ano passado, e recuou 2,6% em comparação com o trimestre anterior.
Os setores de construção (-19,7%), indústria de transformação (-13,7%) e atividades de intermediação financeira (-13%) foram os que apresentaram as maiores quedas. Enquanto isso, agricultura, pecuária, caça e silvicultura foi o segmento com maior alta, em 10,2%.
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Outros dados econômicos do país também são acompanhados pelo mercado, especialmente a batalha contra a inflação e o aumento no número de argentinos desempregados.
A taxa de inflação no país desacelerou a 4,2% em maio, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC). Na comparação anual o índice não deixou os três dígitos, a inflação anual no país foi de 276,4% em maio, queda ante os 289,4% registrados no mês anterior.
Enquanto isso, 7,7% da população economicamente ativa está desempregada, de acordo com o Indec, um aumento em comparação com o registro de 5,7% no final do ano passado.
Medidas econômicas
Desde que assumiu a presidência da Argentina, em dezembro, Javier Milei incorporou diversas medidas econômicas para melhorar os indicadores econômicos do país. Algumas delas foram a desvalorização do câmbio fiscal, reajustes de aposentadorias e repasses às províncias do país, elevando a perda do poder de compra da população.
Um dos reflexos dessa situação é a diminuição do consumo de carne pelos argentinos. Segundo a agência Reuters, o consumo de carne caiu quase 16% em 2024, enquanto a população afirma que ainda não começou a sentir os efeitos do arrefecimento da inflação.
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Em continuidade aos debates envolvendo sua atuação na economia, na segunda-feira, Milei afirmou durante um evento na República Checa que está “reescrevendo grande parte da teoria econômica” em conjunto com seu gabinete.
Ele afirmou que a queda registrada na inflação foi o “maior ajuste fiscal da história da humanidade” e que o dado, em conjunto com a falta de crescimento econômico no país, são problemas para a nação e que 3.200 reformas serão implementadas para combater as questões.