Argentina: ‘Não há elementos’ que digam que o câmbio está seguindo para a estabilização, aponta especialista
Com cinco meses no cargo de presidente da Argentina, Javier Milei, aparenta cada vez estar mais perto da sua meta: estabilizar o peso, moeda do país.
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Durante sua campanha presidencial, Milei se referiu ao peso como um “excremento”, e prometeu que iria eliminá-lo de circulação no país, caso vencesse. A ideia era trocar a moeda local pelo dólar.
Apesar dos planos, a moeda não somente parou de cair a cada dia, bem como se recuperou com força, durante o período em que Milei está no comando.
Segundo o Bloomberg Línea, a moeda argentina disparou 25% contra o dólar no mercado paralelo nos últimos três meses, sendo o maior ganho dentre as moedas monitoradas pela casa. O que é surpreendente, visto que o país estava em uma fase de queda livre interminável.
Argentina: Mas afinal, o peso está a um pé da estabilização?
Fábio Andrade, economista e professor de relações internacionais da ESPM, aponta que ao Milei apresentar-se como um liberal, apresenta a possibilidade não só de não intervir na moeda estrangeira como delegar a política monetária a outro país. No entanto, isso não está atrelado ao que se diz, ‘estabilizar o peso’.
Na opinião de Andrade, não há elementos para serem ditos que o câmbio na Argentina está estabilizado. É algo que continua muito longe.
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Ao ser mencionada a fala de Milei, sobre estar fazendo “o maior da história da humanidade”, o especialista pondera haver uma identificação ideológica, seja pelo lado econômico, seja pelo lado de político desse governo, em vista de uma.