Argentina

Argentina: Governo Milei confirma novo acordo com FMI, mas risco de calote persiste

10 jan 2024, 14:22 - atualizado em 10 jan 2024, 14:23
Presidente Argentina Javier Milei confirma confirmado novo acordo FMi Fundo Monetário Internacional detalhes veja entenda Luis Caputo risco calote dívida 10 janeiro 2024 hoje
Passando a bomba: Milei, novo presidente da Argentina, recebeu de Fernández uma economia em frangalhos e apelou para novo acordo com o FMI (Imagem: Divulgação/ OPRA)

O governo de Javier Milei confirmou, nesta quarta-feira (10), que a Argentina chegou a um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Os detalhes devem ser anunciados ainda hoje pelo ministro da Economia, Luis Caputo, após reunião com o Banco Central do país (BCRA).

Segundo a imprensa argentina, as conversas com o FMI ocorreram nesta semana e foram encabeçadas, nos últimos dias, por Caputo e pelo chefe de gabinete de Milei, Nicolás Posse. Esta será a sétima revisão do acordo com o FMI, firmado em março de 2022.

Embora não haja detalhes do novo plano, veículos argentinos, como o Clarín, La Nación e Infobae, informam que o objetivo é estabelecer novas metas de déficit fiscal e de acumulação de reservas. Também deve envolver a concessão de waivers (perdões) pelo descumprimento dos termos acertados anteriormente, durante a presidência do peronista Alberto Fernández.

Por último, a equipe de Milei espera que o novo acordo desbloqueie, pelo menos, US$ 3,3 bilhões em desembolsos prometidos pelo próprio FMI. O dinheiro reforçaria o caixa do BCRA e seria utilizado pelo governo para quitar dívidas de US$ 1,95 bilhão que vencem entre 31 de janeiro e 1º de fevereiro.

Empossado em 10 de dezembro, Milei já contornou uma primeira possibilidade de calote, quando recorreu a um empréstimo de US$ 920 milhões junto ao CAF (Comunidade Andina de Fomento) para pagar dívidas que venceram no fim de dezembro.

Argentina: Novo acordo com FMI é bom, mas risco segue “latente”, dizem assessores de Milei

Fontes da Casa Rosada ouvidas pelo Clarín afirmam, no entanto, que, embora o novo acordo seja uma notícia positiva, “não há nada para festejar”. Segundo o jornal, as mesmas fontes argumentam que o risco de calote segue “latente”, devido “à complexa situação econômica”.

Uma vez superada a negociação com o FMI, o gabinete de Milei deve se concentrar na aprovação da chamada “Lei Ônibus”, o projeto de lei que congrega as mais de 300 medidas editadas pelo novo presidente e que visam a uma reforma completa do Estado e da economia dos nossos vizinhos.

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