Argentina formaliza oferta de dívida junto à SEC; foco se volta para BlackRock e outros credores
A Argentina formalizou sua oferta de reestruturação da dívida de 65 bilhões de dólares com a Securities and Exchange Commission (SEC, reguladora do mercado de capitais dos Estados Unidos) e todos os olhos se voltavam para um importante bloco de credores que inclui nomes como BlackRock e Fidelity, que até agora permaneceram em silêncio.
A nova oferta “final” do governo, que melhorou as condições de pagamento e cedeu terreno em controversos termos legais, atraiu apoio de alguns credores na segunda-feira, ajudando a impulsionar os bônus soberanos em 4% na esperança de que um acordo pudesse ser alcançado.
No entanto, os importantes grupos de detentores de títulos Ad Hoc e Exchange que somados detêm cerca de 21 bilhões de dólares do total da dívida elegível e em teoria poderiam bloquear qualquer acordo evitaram apoiar ou rejeitar a proposta.
No prospecto completo, enviado à SEC e ao diário oficial da Argentina na noite anterior, o governo acrescentou alguns detalhes sobre a oferta, incluindo limites mínimos de participação.
De acordo com o documento, a oferta só será aprovada se receber até o prazo de 4 de agosto apoio por parte dos detentores de 66,6% do total de bônus elegíveis ou de níveis entre 50% e 60% se as escrituras dos títulos de 2005 e 2016 fossem consideradas independentemente.
Se bem-sucedida, a oferta terá liquidação em 4 de setembro.