Argentina ‘devolve dinheiro’ para turistas em meio a inflação mais alta em 32 anos; entenda
A economia da Argentina está se afundando cada vez mais. Na quinta-feira (12), a inflação do país bateu recorde ao subir 138,3% no acumulado dos últimos 12 meses. Trata-se da maior alta nos preços desde agosto de 1991.
A hiperinflação derrubou o peso argentino a um ponto que os turistas que usam cartão de crédito, débito ou pré-pagos no país acabam recebendo uma parte do dinheiro de volta graças a um câmbio mais barato oferecido pelo governo.
No final do ano passado, a Argentina passou a oferecer o dólar MEP, que é um câmbio de conversão para cartões emitidos no exterior mais barato que a cotação oficial. Nesta sexta-feira (13), por exemplo, no dólar MEP, US$ 1 é equivalente a 870 pesos argentinos. Já na cotação oficial, o mesmo dólar compraria 365 pesos argentinos.
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O objetivo era reduzir a circulação do dólar blue, vendido no mercado paralelo. O governo tenta fechar o cerco em torno do mercado informal de dólar e até limitou a venda da moeda para estrangeiros.
Com o dólar MEP, ao utilizar meios de pagamentos eletrônicos, o consumidor recebe uma parte de dinheiro de volta. Na hora da compra, é cobrada a cotação oficial; mas, dias depois, a operadora estorna a diferença entre a cotação oficial e do dólar MEP que estava valendo no dia da compra. Ou seja, na cotação de hoje, seria uma diferença de 505 pesos.
Corrida eleitoral na Argentina
No dia 22 de outubro, os argentinos vão às urnas decidir quem será o futuro presidente. O candidato ultraliberal Javier Milei está liderando as pesquisas de intenção de votos, embora a disputa esteja acirrada entre os três principais candidatos.
As pesquisas mostraram o ministro da Economia, Sergio Massa, em segundo lugar e a candidata conservadora Patricia Bullrich em terceiro.
Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa obter 45% dos votos, ou mais de 40% com uma vantagem de mais de 10 pontos sobre seu rival mais próximo. Milei tem entre 34% e 35% dos votos, de acordo com uma pesquisa da Opina Argentina. Massa tem entre 29% e 30%, enquanto Bullrich tem entre 24% e 25%.
*Com informações da CNN