Argentina: CDS salta 300 pontos-base após oposição sinalizar renegociação com FMI
O custo de garantia contra a exposição à dívida soberana da Argentina subiu nesta segunda-feira, depois que o candidato de oposição, Alberto Fernández, afirmar que o país terá dificuldades sob as condições atuais de pagar o empréstimo feito com o Fundo Monetário Internacional.
Os Credit Default Swaps (CDS) de cinco anos da Argentina estavam, de acordo com IHS Markit, em 2.669 pontos básicos, subindo 319 pontos em relação ao nível de fechamento da sexta-feira, de 2.350 pontos básicos.
Os cálculos de Markit, baseados no preço de fechamento de sexta-feira, indicam 77% de probabilidade de um default soberano dentro dos próximos cinco anos.
Fernández, o candidato favorito para vencer as eleições em outubro, disse que irá renegociar os termos de pagamento do empréstimo, de acordo com uma entrevista publicada no domingo pelo jornal Clarín.
A Argentina assinou um acordo de empréstimo com o FMI em meados de 2018 de 57 bilhões de dólares. O acordo foi supervisionado pelo presidente Mauricio Macri, que perdeu para Fernández nas eleições primárias em 11 de agosto.