Arezzo sai mais forte da crise, mas Ágora mantém cautela e corta preço-alvo do papel
A Arezzo (ARZZ3) divulgou seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2021 e, segundo a Ágora Investimentos, a companhia está saindo da turbulência dos últimos 18 meses mais forte do que entrou.
A empresa encerrou o trimestre com uma alta de 193% no lucro líquido, ante o mesmo período do ano passado, totalizando R$ 82 milhões. Já a receita líquida da companhia somou R$ 777 milhões, uma elevação de 86,8%.
Os resultados positivos levaram a uma reação também otimista das ações da companhia. Na data da divulgação (03), os papéis fecharam o dia a R$ 80,06 — uma alta de 5,33% em relação ao pregão anterior. Já nesta quinta-feira (04) às 15h45, os papéis mantinham-se estáveis, registrando uma leve alta de 0,87%.
Apesar do desempenho da companhia, a Ágora manteve uma recomendação neutra para os papéis, pois acredita em um upside limitado. A corretora ajustou o preço-alvo das ações para 2022 de R$ 100 para R$ 92 — um novo potencial de 15% de alta.
Mesmo com as alterações em relação à Arezzo, Flavia Meireles e Richard Cathcart, analistas que assinaram o relatório da Ágora, afirmam que “a empresa tem um bom impulso à medida que avançamos para o último e importante trimestre de Natal, o que deve dar aos investidores a confiança de que a Arezzo pode atingir as expectativas de consenso para 2021 e manter um forte ritmo em 2022”.
Reações aos resultados e perspectivas
Segundo a Ágora, a receita do trimestre veio acima do esperado pela corretora e foi impulsionada pelo comércio nos Estados Unidos, que registrou recorde de R$ 94 milhões, “ajudado pelo real mais fraco, mas também pelo crescimento de 32% em dólar no período”.
A corretora ainda destaca a incorporação da AR&CO, cuja receita foi 85% superior ao 2T19 antes da aquisição, e o desempenho da marca Schutz no trimestre.
Outro fator importante que impulsionou os resultados, de acordo com a Ágora, foi a estabilidade do sell-in para o canal de franquia em relação a 2019, “indicando uma normalização, enquanto o e-commerce passou a representar 24% das vendas domésticas, ante 12% no 3T19”.
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