Arezzo mostra mais apetite para transações de M&A, diz Credit Suisse
A Arezzo (ARZZ3) parece estar mais propensa a adotar uma estratégia M&A – de fundir e adquirir outras marcas ou empresas –, afirmou o Credit Suisse.
“Diferentemente do passado, a companhia Arezzo parece ter agora mais apetite para adotar um movimento M&A, ainda mais considerando a complexa situação financeiro de alguns competidores”, avaliaram Victor Saragiotto e Pedro Pinto, analistas do banco, em relatório.
Arezzo Light
Outra aposta da Arezzo continua sendo o formato Light, modelo de franquia com investimento inicial entre R$ 350 mil e R$ 400 mil, desenvolvido para cidades de 150 mil a 250 mil habitantes.
Segundo a análise do Credit Suisse, a companhia está com planos de acelerar a expansão da Arezzo Light no segundo semestre do ano. As apostas vão para as marcas Anacapri, líder de crescimento para a Arezzo no país, Fiever e Alme.
“O canal multimarcas no Brasil está em tendência de baixa, mas a Arezzo tem conseguido manter, de forma modesta, o crescimento na categoria, principalmente devido a uma presença maior nas prateleiras e à entrada em novas lojas multimarcas”, explicaram Saragiotto e Pinto.
Diversificando o portfólio com a Vans
A Arezzo comunicou ontem (2) sua parceria com a Vans para ser a distribuidora exclusiva de produtos da marca no Brasil.
O acordo tem duração de cinco anos, com possibilidade de extensão por mais dois anos, e dá liberdade à Arezzo de abrir e operar, por conta própria, lojas da marca; conceder a terceiros autorização para abrir e operar lojas Vans; estabelecer negócios com varejistas autorizados; e operar em websites aprovados.
A Arezzo pagará, dentro de 150 dias após a conclusão da operação, R$ 50 milhões – R$ 45 milhões para capital de giro e o restante para ativos fixos.
Transformação digital
Franqueados da Arezzo estão se acostumando com as possibilidades advindas do e-commerce.
A companhia já tem mostrado à sua base de franqueados que aqueles que já alavancaram suas vendas no e-commerce estão obtendo melhores resultados em relação aos que não migraram para o setor, segundo o banco.
“A intenção da companhia é de integrar todas as lojas e conseguir enviar mercadorias a partir de qualquer uma delas”, afirmaram os analistas. Essa iniciativa começará a ser trabalhada em 2020.
A recomendação do Credit Suisse é de compra, com preço-alvo a R$ 65.