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Arezzo e Soma: E as franquias? Veja como fusão pode beneficiar franqueados, segundo especialistas

21 fev 2024, 9:13 - atualizado em 21 fev 2024, 9:13
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Juntas, as gigantes do varejo somam mais 2 mil lojas próprias e franquias (Imagem: Montagem/Money Times)

Estabelecida no começo deste mês, a fusão entre Arezzo e o Grupo Soma já abre margem para questionamentos sobre como ficam as marcas franqueadas de cada empresa e se a companhia combinada também deverá franquear suas operações.

Na perspectiva de Adriana Auriemo, vice-presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF), esse tipo de negócio reafirma a atratividade do setor e como as redes vem sofisticando e ganhando escala em suas operações.

“Em um contexto como esse, o franqueado tende a ter suas possibilidades aumentadas e se beneficiar da troca de experiência e elevação do poder de compra e escala”, destaca.

A companhia conjunta — ainda sem nome — irá atuar no segmento vestuário. Henrique Mol, presidente do Grupo Encontre Sua Franquia, destacou os seguintes pontos positivos para os franqueados:

  • Estar inserido em ecossistema mais forte;
  • Acesso a novas tecnologias;
  • Compartilhamento de know-how entre as marcas;
  • Busca de vantagens na negociação dos aluguéis;
  • Melhores condições na logística.

Já do ponto de vista do franqueador, Mol sinalizou vantagens financeiras, principalmente em menores taxas e acesso a capital de terceiros (franqueados).

Para Marcelo Cherto, CEO da Cherto Consultoria, quando se faz uma integração do tamanho de Arezzo e Soma, a busca é por sinergia. “Você vai reagrupar de forma diferente as marcas, debaixo de gestores que são qualificados para tocar um determinado grupo de marcas”, afirma.

O especialista enxerga um potencial para crescimento do negócio de franquias em praticamente todas as marcas do novo grupo. Juntas, as gigantes do varejo somam mais 2 mil lojas próprias e franquias.

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Franquear é o segredo para expandir?

Cherto diz ainda que “o modelo de franquia, inegavel e principalmente em um país como o Brasil, é o melhor modelo para expansão de negócios”.

O especialista contextualiza explicando que, uma vez que você estará usando o dinheiro e os relacionamentos locais dos franqueados, isso trará condições de ter uma tributação mais benéfica para alguém que tem poucas lojas, do que para alguém com muitas unidades.

Na perspectiva do executivo, isso acontece devido à estrutura tributaria brasileira, que estimula, de forma geral, o empresário a se manter pequeno.

Cherto avalia que o sistema de franquias, no Brasil, tem uma aceitação muito grande nos mais diversos segmentos, e destaca que existem empresas que “não seriam nem sombra do que são hoje”, se não tivessem adotado o modelo de franquia.