Arcabouço fiscal deve ser anunciado somente após viagem à China, prevê Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (21), em primeira entrevista ao vivo que concede desde que assumiu novo mandato, que o novo arcabouço fiscal já está maduro e deve ser apresentado após viagem à China.
O embarque para o país asiático está previsto para o fim desta semana. Mais detalhes sobre o roteiro da visita oficial estão aqui.
Na entrevista ao portal Brasil 247, Lula afirma não haver pressa para discutir as novas regras apresentadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na última semana. Mais que isso, o presidente disse acreditar que conseguirá convencer a Câmara e o Senado a aprovar o arcabouço fiscal.
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Para o presidente, faz sentido anunciar a proposta que irá substituir o teto de gastos depois de viajar para a China. Isso porque será preciso estar de volta ao país para “debater e conversar” sobre o novo marco regulatório.
“Vamos conversar com os líderes para aprovar não só o marco fiscal, mas outras medidas que precisamos para fazer a economia voltar a crescer”, afirmou.
Arcabouço fiscal deve agradar o Senado
A declaração de Lula está em linha com a ministra do Planejamento, Simone Tebet. Ontem, ela disse que fará o que for possível para ajudar o novo arcabouço fiscal a ser aprovado no Congresso.
“A forma como a equipe econômica moldou o arcabouço fiscal, conhecendo o Congresso Nacional, especialmente o Senado, vai agradar muito e vai de encontro ao que o Senado quer para o Brasil”, disse Tebet em conversa com jornalistas durante a premiação “Mulheres Exponenciais”, promovido pelo Esfera Brasil e a Conecta.
Ao ser questionada sobre se as áreas de Saúde e Educação terão regras menos rígidas na nova regra fiscal que substituirá o teto de gastos, Tebet se esquivou e afirmou que essa era uma pergunta que deveria ser feita ao ministro Haddad, da Fazenda.
Na sexta-feira (17), Tebet esteve na reunião de apresentação da proposta do novo arcabouço para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, a ala política do governo não concorda totalmente com o texto desenhado pela Fazenda e Lula pediu para que Haddad conversasse com os entes políticos.