Economia

Arcabouço Fiscal: Aprovação de urgência surpreende governo; desafio agora é manter texto intacto

19 maio 2023, 18:18 - atualizado em 19 maio 2023, 18:20
Arcabouço fiscal, Fernando Haddad
Votação de pedido de urgência do arcabouço fiscal supera previsão do governo (Foto: REUTERS/Agustin Marcarian)

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemora a aprovação do pedido de urgência do novo arcabouço fiscal, que obteve uma votação expressiva na Câmara dos Deputados. Com 367 votos a favor e 102 contra, o placar superou as expectativas governistas.

Esse resultado favorável traz otimismo para a votação do mérito da matéria, marcada para a próxima quarta-feira (24) . O governo demonstra confiança na aprovação e trabalha para evitar novas alterações no projeto antes da votação.

Até o momento, foram apresentadas 40 emendas ao projeto, sendo a maioria propostas de modificação dos partidos União Brasil e Psol. O União Brasil protocolou 26 emendas, enquanto o Psol apresentou 10.

O analista Rafael Passos, da Ajax Capital, destaca que o placar no pedido de urgência abre espaço para ajustes mais rigorosos no texto em relação à versão inicial proposta pelo governo Lula.

Segundo Passos, o relator do texto, deputado Cláudio Cajado, acolheu sugestões de legendas fora da coalizão governista, resultando em um projeto mais rigoroso. No entanto, a base do governo busca evitar uma apreciação do mérito com emendas.

Tanto o Ministério da Fazenda quanto o relator do arcabouço fiscal, Cláudio Cajado (PP), têm o objetivo de evitar que a proposta sofra novas alterações antes da votação na Câmara.

O deputado e fontes do ministério afirmaram à Reuters que medidas de última hora podem descaracterizar o texto. Cajado declarou que trabalhará para manter o parecer já apresentado, estudando as sugestões e levando-as para avaliação conjunta do governo e líderes partidários. A inclusão no texto dependerá do consenso.

“Eu persegui esse equilíbrio, foi exaustivo em encontrar o ponto de equilíbrio para que o texto pudesse contemplar a todos, se não totalmente, pelo menos medianamente”, destacou Cajado.

Com informações de Reuters


Zeca Ferreira é jornalista formado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), com extensão em jornalismo econômico pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Colaborou com Estadão, Band TV, Agência Mural, entre outros.

Repórter
Jornalista formado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), com extensão em jornalismo econômico pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Colaborou com Estadão, Band TV, Agência Mural, entre outros.
zeca.ferreira@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), com extensão em jornalismo econômico pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Colaborou com Estadão, Band TV, Agência Mural, entre outros.