Internacional

Araújo: Bolsonaro pode visitar países árabes no primeiro semestre

04 abr 2019, 15:04 - atualizado em 04 abr 2019, 15:05
Governo pretende buscar “parcerias profícuas” nos relacionamentos bilaterais (Imagem: José Cruz/Agência Brasil)

Um dia depois de regressar da visita presidencial a Israel, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse hoje (4) que o presidente Jair Bolsonaro poderá visitar países árabes ainda no primeiro semestre.

“Nos próximos dias vamos definir um programa de visitas do presidente a países árabes. Em países que sejam nossos principais parceiros para começar, depois iremos a outros”, disse após participar de audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado. “Temos avanços grandes com Arábia Saudita e Emirados Árabes”.

Segundo o ministro, o governo pretende buscar “parcerias profícuas” nos relacionamentos bilaterais. “Pretendemos estruturar nossa relação com qualquer país em benefício da nossa independência, autonomia, do nosso desenvolvimento, seja com China, Estados Unidos, Israel, países árabes”.

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Agronegócio

Durante a audiência, Araújo foi perguntado se a diplomacia atual não atrapalha o agronegócio brasileiro. “Essa ideia de que nossa política externa causa prejuízo ao agronegócio tem sido propalada e até agora não se materializou de forma nenhuma. Tenho certeza de que não se materializará”.

Na terça-feira (2), a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse que o Brasil é amigo dos países árabes e muçulmanos. Segundo ela, há um esforço para manter este bom relacionamento com aumento da cooperação comercial. Na próxima semana, ela se reúne com 51 embaixadores de países árabes na tentativa de desfazer o mal-estar em torno da instalação do escritório de negócios do Brasil em Jerusalém, conforme anunciado no último dia 31 pelo presidente Jair Bolsonaro.

Para a ministra, a instalação de um escritório de negócios em Jerusalém é um meio-termo, em vez de uma embaixada. Segundo ela, há um descontentamento dos países árabes em relação a este assunto, mas disse que o Ministério da Agricultura tem de continuar trabalhando para manter o diálogo.