Aramco reduz trabalho remoto e funcionários voltam a campo
Dezenas de milhares de funcionários da Saudi Aramco retornam aos escritórios e campos de petróleo depois de enfrentar o coronavírus – e um dos períodos mais turbulentos do setor de energia – em casa.
Enquanto outras gigantes do setor corporativo como Apple preveem que as equipes continuarão trabalhando remotamente durante o resto do ano, cerca de 75% dos funcionários da Aramco começam a retornar nesta semana, disse a estatal em seu boletim semanal Arabian Sun.
Apenas empregados com funções essenciais na maior exportadora de petróleo do mundo permaneceram na empresa desde março.
A petroleira BP permitirá uma combinação de trabalho em casa e no escritório e poderá vender sua sede em Londres como resultado.
A Apple dificilmente reabrirá totalmente seus escritórios nas Américas até 2021. E o Google, da Alphabet, vai permitir que a equipe trabalhe em casa até julho do ano que vem.
Ao contrário das empresas de tecnologia, a indústria do petróleo precisa de trabalho presencial para operar plataformas de perfuração e unidades de processamento, e carregar tanques.
Os “Aramcons”, como os 80 mil trabalhadores da empresa saudita se autodenominam, retornam às mesas com distanciamento social, com teleconferências em vez de reuniões pessoais e estações de higienização das mãos.
Na sede da Aramco semelhante a um campus em Dhahran, na costa do Golfo Pérsico, e em poços de petróleo e refinarias em todo o país, os funcionários retornam para um setor transformado.
O petróleo perdeu quase 75% do valor quando o coronavírus se tornou global e ainda acumula queda de cerca de 30% desde janeiro.
A empresa reagiu reorganizando o alto escalão, reestruturando as unidades de negócios e suspendendo algumas atividades de perfuração e projetos.
Também tomou uma rara medida ao demitir centenas de trabalhadores, em sua maioria estrangeiros.