Arábia Saudita tira um peso enorme da BRF

A autoridade sanitária da Arábia Saudita, equivalente à Anvisa no Brasil, tirou um enorme peso das costas da BRF (BRFS3), companhia resultado da fusão entre Sadia e a Perdigão, ao suspender a implementação da medida que determinava a redução do prazo de validade de frangos in natura congelados e seus cortes, de um ano para 3 meses.

A notícia deve gerar reação marginalmente positiva às ações da BRF, avaliam analistas de mercado em relatório enviado a clientes e obtido pelo Agro Times.

“Ao reduzir o prazo de validade do frango in natura de um ano para 3 meses (medida que havia sido anunciada em maio de 2021) poderia ser um desafio para as exportações brasileiras de frango — dado o tempo necessário para processar e embarcar o frango do Brasil para a Arábia Saudita”, explicam os analistas Leandro Fontanesi, do Bradesco BBI, e Ricardo França, da Ágora Investimentos.

A dupla de especialistas estima que a Arábia Saudita, localizada no Oriente Médio, responda por 12% do volume total de exportação de frango do Brasil e o país represente 7% da receita consolidada da BRF.

O analista da Guide Investimentos, Luis Sales, também enxerga espaço positivo para as ações da BRF com a mudança de prazo na Arábia Saudita.

O Oriente Médio é um importante mercado para a processadora de alimentos brasileira, com destaque ao segmento Halal DDP, que teve significativa contribuição no resultado do 2T21, em virtude da forte recuperação do preço dos produtos vendidos na região.

“A BRF havia anunciado neste ano a aquisição da Joody Al Sharqiya Food Production Factory, em Dammam, na Arábia Saudita, em virtude da importância estratégica daquele país para a empresa brasileira, contando com a intenção de aumentar consideravelmente a capacidade produtiva da fábrica”, destaca o analista.

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