Arábia Saudita diz que pode fechar torneira para ‘salvar’ derretimento de preços; petróleo sobe 3,5%
O petróleo opera com fortes ganhos nesta terça-feira (23), repercutindo possibilidade de corte de produção vindo da Arábia Saudita e problemas no suprimento de gás natural em planta americana.
Por volta das 16h45, as referências de preço WTI (americana) e Brent (global) subiam, respectivamente, 3,67% e 3,66%. Com o desempenho do dia, a referência global voltou a tocar os US$ 100 por barril.
Opep+ entrará em cena para ‘salvar’ preço do petróleo
A escalada do preço da commodity vem na esteira da entrevista do ministro de Energia da Arábia Saudita, o príncipe Abdulaziz bin Salman, à Bloomberg. Segundo o ministro, há a possibilidade de que a Opep+ reduza a produção de petróleo para controlar a volatilidade de preços que os mercados globais têm experimentado nas últimas semanas.
Salman entende que a recente derrocada está sendo motivada por forças especulativas e não correspondem às restrições físicas, sob o aspecto da capacidade produtiva, que os países exportadores possuem atualmente. Dessa maneira, haveria uma ‘desconexão’ na oferta que precisaria ser corrigida, reajustando os preços para um patamar mais alto.
A Arábia Saudita é o maior produtor de petróleo entre os países que compõem a Opep+, o que explica o peso da fala do ministro sobre os ponteiros do mercado da matéria-prima nesta terça-feira.
Problemas de fornecimento de GLP continuam nos EUA
A empresa americana Freeport LGN anunciou que irá retomar em novembro a liquefação de gás natural na planta localizada em Quintana, Texas. Um grande incêndio consumiu a instalação no meio de junho, interrompendo parte da produção de gás liquefeito.
O anúncio da Freeport fez os preços negociados do gás natural relaxarem parcialmente, afastando-se das máximas de 14 anos verificadas na semana passada.
De toda forma, a volta da liquefação na planta ocorrerá em um período mais longo do que o imaginado pelo mercado, devendo impor novos gargalos no suprimento do produto.
A alta demanda pelo combustível liquefeito ocorre na esteira de um aumento de importações da Europa Ocidental, que passa por uma severa crise energética.
Problemas sobem com possível valorização da commodity
As ações das empresas petrolíferas internacionais permaneceram no azul, repercutindo a brusca alta do preço da commodity.
Após o fechamento do mercado em Londres, as britânicas BP (BP) e Shell (SHEL) subiram 2,32% e 3,28%, nessa ordem. Em Nova York, ExxonMobil (XOM)e Chevron (CVX) aumentaram, respectivamente, 4,23% e 3,21%.
Já a Petrobras (PETR4) avançou 3,18%.
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