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Aquisição de blocos exploratórios cria novas oportunidades para Eneva

11 dez 2020, 11:39 - atualizado em 11 dez 2020, 11:43
Tanques de gás natural
O Santander acredita que ainda é cedo para indicar os impactos das aquisições no valuation da Eneva, pois existem incertezas quanto à monetização de gás na região Norte (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

A grande participação da Eneva (ENEV3) no segundo leilão de ofertas permanentes de áreas petrolíferas no Brasil foi bem vista pelos analistas. A companhia adquiriu sete blocos exploratórios localizados nas bacias de Amazonas e Paraná, além do campo de Juruá, localizado na bacia de Solimões.

Na avaliação do Santander, as aquisições são positivas, pois consolidam a presença da Eneva na região Norte e podem criar oportunidades de monetização das reservas de gás próximas a grandes centros consumidores.

“A Eneva adquiriu os primeiros quatro blocos na bacia do Paraná, localizado nos estados de Mato Grosso do Sul e Goiás, praticamente inexplorados. Dependendo da quantidade de reservas que pode encontrar, acreditamos que existem diversas possibilidades para monetizar as moléculas de gás, como (i) novas plantas R2W (Reservoir to Wire); (ii) negociação de gás com unidades comerciais; e (iii) projetos de gás natural liquefeito”, disse o banco.

Apesar do movimento positivo, o Santander acredita que ainda é cedo para indicar os impactos das aquisições no valuation, visto que os blocos da bacia do Paraná estão praticamente inexplorados e existem incertezas quanto à monetização de gás na região Norte – a bacia de Solimões, principalmente, possui uma logística complicada.

O Santander tem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 44,91 para a ação da companhia.