Comprar ou vender?

Aproveite o medo com o coronavírus para comprar JBS e Marfrig, dizem analistas

28 jan 2020, 17:16 - atualizado em 28 jan 2020, 17:16
Marfrig Carnes Boi Commodities
“Qualquer impacto provavelmente terá vida curta, uma vez que a China e outros mercados asiáticos ainda terão que lidar com o desafio de alimentar sua população”, avalia o Santander (Imagem: Facebook da Marfrig)

Os solavancos dos mercados de ações no mundo inteiro pelo medo de uma ampliação do contágio do coronavírus estão deixando oportunidades no caminho e as ações da JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3) estão entre elas, avaliam analistas.

“Embora seja cedo para dizer o quanto mais veremos as ações em baixa em todo o mundo por conta da disseminação contínua do coronavírus, continuamos bastante confiantes com a nossa tese construtiva para JBS e Marfrig”, diz o analista Marcel Moraes do Santander.

Segundo ele, o surto poderia forçar as autoridades locais e centrais em diferentes países a impor controles mais rígidos sobre o transporte de pessoas, mercadorias e, eventualmente, alimentos e animais, na tentativa de controlar a doença, prejudicando potencialmente o comércio global no curto prazo.

“No entanto, para nós, qualquer impacto provavelmente terá vida curta, uma vez que a China e outros mercados asiáticos ainda terão que lidar com o desafio de alimentar sua população enquanto enfrentam uma das piores crises alimentares já enfrentadas (por conta de outra
epidemia: a ASF – Gripe Suína Africana)”, explica.

A JBS também foi indicada em um relatório de hoje do Credit Suisse (Imagem: Gustavo Kahil/Money Times)

A JBS e Marfrig também foram citadas em um relatório extenso da XP Investimentos. O Credit Suisse reforçou nesta sexta-feira (28) a sua indicação de compra dos papéis da JBS após a empresa anunciar um acordo de até R$ 3 bilhões para exportações à China.

“Continuamos gostando da JBS, uma vez que as empresas devem lucrar com os preços globais mais altos de proteínas, o que implica espaço para novos aumentos nas margens. Vemos 2020 potencialmente como um dos melhores anos para as empresas de proteína da história”, avaliam os analistas Victor Saragiotto e Felipe Vieira.