Aprovar reforma após as eleições vai afetar confiança do mercado, avalia Fitch
A janela de oportunidade para realizar uma reforma da Previdência antes do ciclo eleitoral de 2018 está diminuindo e outros atrasos ou diluição representam riscos para a viabilidade do teto de gastos e à estabilização da dívida no médio prazo. Esta é a leitura da Fitch ao adiamento para fevereiro da votação do projeto que altera regras de aposentadorias na Câmara.
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O comunicado de Todd Martinez, diretor de rating soberano da agência para a América Latina, sugere que a pauta precisa ser apreciada até as eleições. Ele cita riscos potenciais para a confiança do mercado e à recuperação em curso da economia.
“O atraso da reforma da previdência social enfatiza os riscos negativos que incorporamos ao nosso Outlook negativo sobre a classificação ‘BB’ do Brasil”, diz Martinez.
Moody’s
Para a agência Moody’s, o adiamento da votação da reforma para fevereiro é um fator de crédito negativo e é um indicativo do fraco apoio à proposta. “Aumenta a possibilidade de que a reforma não seja aprovada no ano que vem, dada a incerteza em torno das eleições presidenciais.”
Em quinta-feira de tensões no mercado de câmbio, o dólar fechou no maior valor em quase seis meses: encerrou vendido a R$ 3,336, com alta de 0,62%. Na renda variável, o Ibovespa terminou com queda de 0,67%, aos 72.429 pontos.