Apple se aproxima de US$ 2 tri e ação atinge marco no S&P 500
O mundo ficou boquiaberto há dois anos, quando o valor de mercado da Apple (AAPL) superou US$ 1 trilhão pela primeira vez. Mas o feito foi menos digno de nota quando visto de outra perspectiva: tamanho relativo.
Isso porque, mesmo com um preço de 13 dígitos, o lugar da Apple entre seus pares em agosto de 2018 não era sem precedentes – havia crescido, mas o mercado como um todo também.
Como resultado, seu peso no S&P 500 ainda era comparável aos titãs do passado em seu auge, como Exxon Mobil e IBM.
Quase US$ 900 bilhões em valor de mercado depois, isso começa a mudar: o peso da Apple no mercado acionário entrou em território desconhecido.
O preço da ação mais do que dobrou desde agosto do ano passado. Com isso, o peso no S&P 500 ultrapassou o da IBM em 1985 e se tornou o maior em 40 anos.
“Estamos neste mercado em que os vencedores vão ganhar – e vão ganhar muito”, disse Kim Forrest, diretor de investimentos da Bokeh Capital Partners.
Com 6,5%, a participação da fabricante do iPhone no S&P 500 superou o recorde de 6,4% que a IBM tinha há 35 anos, segundo dados compilados pela S&P Dow Jones Indices e pela Bloomberg.
O valor de mercado total da Apple é de US$ 1,875 trilhão, cerca de 7% distante de US$ 2 trilhões.
O avanço reflete a força de uma empresa que poucos conseguem se igualar em um ano de pandemia. Com valorização de 49% neste ano, a ação da Apple supera todas as empresas dos EUA com valor de mercado acima de US$ 300 bilhões, exceto a Amazon.com.
O rali das ações se acelerou após a receita trimestral da empresa ter esmagado as previsões de Wall Street.
Alguns analistas já projetam valor de mercado de US $ 2 trilhões para a Apple. Tom Forte, da D.A. Davidson & Co., prevê que a ação subirá para US$ 480 no próximo ano, um preço-alvo que representa ganho de 9,4% em relação aos níveis atuais e implica valor de mercado de US$ 2,05 trilhões.