Apple (AAPL) dispara mais de 4% e outras ações de tecnologia têm forte alta com ‘ajuda’ de Trump

As ações de tecnologia operam em forte alta nas principais bolsas nesta segunda-feira (14), após os Estados Unidos isentaram produtos eletrônicos, como smartphones e hardware de computador, das tarifas recíprocas sobre a China.
As ações da Apple (AAPL) fecharam com alta de mais de 2% na Nasdaq, após saltar mais de 4% durante o pregão e ter uma breve recuperação no mês. Na bolsa brasileira, os recibos de ações (BRDs), sob o ticker AAPL34 subiram 3%.
Os papéis da gigante de tecnologia acumulam queda de mais de 9% nas duas últimas semanas — uma vez que seu principal produto, o iPhone — que é fabricado principalmente na China e importado para os EUA — corre o risco de aumentos significativos de preços com a permanência de tarifas de importação, segundo analistas.
Outras empresas voltadas para o consumidor, incluindo as fabricantes de hardware de computador HP e Dell Technologies, tiveram alta de 3,5% e 5,9% pela manhã, respectivamente, enquanto a gigante de chips Nvidia ganhava 1,5% em uma recuperação ampla nas ações de semicondutores.
As ações europeias de chips também avançaram, com ganhos mais fortes para aquelas mais expostas ao mercado dos EUA, como a ASM International e a Infineon, que subiam entre 1,4% e 3,2%.
Os principais fornecedores asiáticos para empresas como a Apple avançaram. A Foxconn, a maior montadora de iPhones, chegou a avançar 7,8% antes de reduzir os ganhos e fechar em alta de 3%. A Quanta, fabricante contratada de laptops, fechou em alta de 5,8% e a Inventec, que fabrica servidores de inteligência artificial, subiu 4,1%.
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O que está por trás da forte alta das ações?
Hoje (14), os papéis das companhias de tecnologia operam em forte alta com o alívio das tarifas sobre o setor. Na noite da última sexta-feira (11), a Alfândega e Proteção das Fronteiras dos EUA anunciou a isenção de smartphones, computadores e outros eletrônicos das tarifas recíprocas, com efeito retroativo a partir de 5 de abril.
Com a decisão, os produtos ficaram de fora das tarifas de 145% impostas à China, que é o principal polo de produção de eletrônicos como o iPhone, e da taxa adicional de 10% aplicada à maioria dos países.
O alívio, porém, deve ser temporário. Ontem (13), o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, afirmou que a ‘pausa’ tarifária pode ser temporária. Segundo ele, os produtos sujeitos a taxas separadas, junto com semicondutores — que serão anunciadas em até dois meses.
As ações das grandes empresas de tecnologia caíram nas últimas duas semanas, com a escalada da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China com o ‘tarifaço’ de Trump.
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*Com informações de Reuters