Após tombo e salto na semana, BBA vê MRV (MRVE3) como “escolha certa” e oportunidades
As ações da MRV&Co (MRVE3) exibiram uma forte oscilação esta semana, com tombos e saltos.
Depois de despencar 9,46% no pregão de quinta-feira (08), com investidores reagindo a novos cortes de preço-alvo e de recomendação pelo banco Safra e UBS BB, os papéis da construtora e incorporadora dispararam 6,87% ontem (09), com picos acima de 8%. A ação voltou a ser negociada acima de R$ 7.
Desta forma, a MRV fechou o pregão com o melhor desempenho do setor imobiliário na B3. Entretanto, sente os efeitos de um janeiro amargo e tem a segunda maior desvalorização no acumulado do ano, de quase 38%.
Com isso, a gigante da construção civil perdeu o posto de segunda mais valiosa do setor na Bolsa para quarto lugar. Agora, Cyrela (CYRE3), Cury (CURY3) e Direcional (DIRR3) estão na frente em valor de mercado (market cap).
Ainda vale a pena investir em MRV?
Com tantas perdas, ainda vale a pena investir nos papéis da empresa mineira?
Para o Itaú BBA, sim. Após o tombo de quinta-feira, analistas do banco veem “oportunidades”.
“Destacamos a MRV como a escolha certa para quem está disposto a correr mais riscos em busca de mais retornos. A queda na quinta-feira criou um ponto de entrada atraente”, dizem os analistas de real estate do BBA, vendo os ambientes operacional, financeiro e macroeconômico muito melhores em 2024.
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Diante disso, a equipe do banco vê uma potencial valorização ponderada de 55% das ações em meio à expectativa de forte desempenho operacional para a companhia este ano.
Segundo os analistas, as vendas continuam fortes e o ambiente competitivo permanece saudável, principalmente, fora da cidade de São Paulo.
“Isso é um bom presságio para a trajetória da margem bruta, que poderá sustentar a recuperação dos lucros no médio prazo. Nossa projeção é de 26,5% em 2024 e 29,5% para 2025”, comenta o BBA em relatório.
Corte de juros traz luz
O Itaú BBA, que cortou o preço-alvo em janeiro (de R$ 13 para R$ 12 e manteve a recomendação de compra), ressalta que MRVE3 é a ação a ser mantida durante um ciclo de corte de juros global.
“A construtora é, sem dúvida, o nome com beta mais alto em todo o nosso universo de cobertura”, destaca.
Os analistas explicam que o desempenho da MRV é alavancado tanto com as taxas de juros dos Estados Unidos, graças a subsidiária americana Resia, quanto com a taxa Selic, com expectativa de mais cortes de 2,25 pontos percentuais ao longo do ano, chegando a 9%.