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Após tombo de quase 80%, Americanas (AMER3) abre mais um pregão em leilão e ensaia alta; entenda

13 jan 2023, 10:44 - atualizado em 13 jan 2023, 11:19
Americanas
Americanas teve pregão para esquecer ontem, após uma sequência de leilões e tombo de 80%, mas abre hoje com novo leilão e ensaiando alta (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

As ações da Americanas (AMER3) abriram o pregão de hoje em leilão, pelo segundo dia consecutivo. Hoje, o papel voltou ao sistema fechado da B3 pois atingiu a oscilação máxima permitida.

Às 10h38, porém, AMER3 disparava 8,46%, a R$ 2,95. As ações da varejista seguirão em leilão até as 10h33, segundo o TradeMap, quando apontava valorização de 1,82%, a R$ 2,80.

Na véspera (12), quando despencaram quase 80%, os papéis da Americanas ficaram no sistema fechado até as 14h.

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Perda máxima aceitável e mico na mão

Para um operador sênior de renda variável de uma corretora nacional, parece que o pior já passou. “Quem tinha que vender e ‘stopar’, já fez”, explica.

Ele se refere às ordens de venda e de stop loss (perda máxima aceitável). “Daqui para frente, não vejo o vendedor pressionando mais o papel”, emenda.

Segundo ele, o problema agora é o investidor ficar com um “mico na mão”. “A maioria dos compradores não compraram por convicção, mas sim por oportunidade”, lembra.

O profissional avalia que, “na primeira oportunidade”, essas compras de ocasião serão desfeitas. “Mas se não continuar entrando a tal compra de oportunidade, o papel vai começar a queimar na mão de quem comprou”, emenda.

Entenda o rombo de R$ 20 bilhões

Na noite de quarta-feira (11), ao renunciar ao cargo de CEO, Sergio Rial, apontou problemas contábeis no valor de cerca de R$ 20 bilhões.

Segundo o TradeMap, o volume do rombo é equivalente ao valor de mercado da Magazine Luiza que, ontem 11 de janeiro valia R$ 20,20 bilhões, ou da Lojas Renner, que valia R$ 20,22 bilhões.

A companhia afirma que, entre as inconsistências, está a existência de operações de financiamento de compras em valores da mesma ordem acima nas quais a companhia é devedora perante instituições financeiras e que não se encontram adequadamente refletidas na conta fornecedores nas demonstrações financeiras.

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