Após tombo, Bank of America vê espaço para salto de até 60% das ações da Brava Energia (BRAV3)
Mesmo com queda de mais de 30% dos papéis da Brava Energia (BRAV3) no acumulado do ano, é hora de ter os papéis da companhia na carteira — pelo menos para os analistas do Bank of America (BofA).
O banco reiterou a recomendação de compra para as ações com o preço-alvo para R$ 28 — o que representa um potencial de valorização de 65% em relação ao preço de fechamento da última sexta-feira (18).
A visão positiva foi reforçada com a notícia de que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) marcou a realização da inspeção do FPSO Atlanta para os dias 25 a 29 de novembro.
Essa é a última etapa necessária para o início das operações do novo sistema de desenvolvimento completo (FDS, na sigla em inglês).
“Embora esperássemos que o FPSO Atlanta iniciasse em meados de novembro, com a inspeção ocorrendo no final do mesmo mês, o novo FPSO ainda deve iniciar este ano”, escrevem os analistas Leonardo Marcondes, Caio Ribeiro e Mariana Leite.
Para o BofA, o sistema deve ser “transformacional” para a companhia, principalmente, em termos de produção e geração de caixa.
Os analistas destacam que a produção da empresa em setembro foi de cerca de 53 mil barris de óleo equivalente por dia (boed). Mas com o início do novo sistema, a expectativa é de que a produção da Brava alcance aproximadamente 70 mil boed — considerando 80% do campo de Atlanta; a venda da participação de 20% foi concluída no final de setembro.
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O que esperar de Brava Energia?
Os analistas do BofA estimam que, com o novo FPSO, a Brava Energia deve produzir cerca de 40 mil barris por dia (bpd) no campo Atlanta em 2025.
Com isso, “esperamos que o campo se esgote em um ritmo rápido nos primeiros anos de operação”, diz o relatório. O banco espera que a companhia realize uma segunda perfuração em 2026 e o início de operações de novos poços nos dois anos seguintes.
No longo prazo, a Brava Energia, resultado da fusão entre Enauta e 3R Petroleum, “provavelmente será capaz de continuar produzindo em níveis acima de 40 mil bpd por mais tempo”, afirmam os analistas.
Além disso, a companhia deve registrar “fortes” rendimentos de fluxo de caixa ao acionista (FCFE), de cerca de 30% em 2025 e 2026, nas contas do BofA.
Os analistas ainda estimam o múltiplo de valor da empresa e Ebitda (EV/Ebitda) de 2,7x para 2025, considerando o petróleo a US$ 75 o barril.
Para o ano seguinte, a projeção é de 2,5x EV/Ebitda, considerando a cotação de US$ 70 o barril de petróleo.