B3

Após reportar prejuízo de R$ 1,8 bi no 2º trimestre, ações da Suzano recuam na B3

09 ago 2018, 12:08 - atualizado em 09 ago 2018, 12:20

Por Investing.com – Na manhã desta quinta-feira na B3, as ações da Suzano (SUZB3) são negociadas em queda de 1,53% a R$ 43,00. A companhia anunciou hoje que encerrou o segundo trimestre do ano com prejuízo de R$ 1,85 bilhão devido as perdas cambiais.

“A Suzano apresentou resultados ligeiramente mais fracos do que o esperado no segundo trimestre”, afirmaram analistas do Itaú BBA, citando que o Ebitda ficou 6 por cento abaixo de suas previsões. Eles destacaram que a divisão de celulose foi impactada por custos maiores temporários, mas avaliam que a meta de custos para o ano deve ser alcançada.

Para a Coinvalores, os números não trouxeram grandes novidades devido a greve dos caminhoneiros, que pressionou volumes, por conta do preço da celulose bem acima do observado há um ano e pela desvalorização cambial que ajuda as exportadoras.

A geração de caixa veio bem forte, próxima a do 1T18 e 40,5% acima do 2T17. O bottom line, no entanto, foi impactado pelo efeito da variação cambial na dívida e nas operações de hedge da Suzano, que ocasionou um prejuízo de R$ 1,8 bi.

Para a Mirae Asset, resultado operacional veio muito bom, dentro do esperado e a partir de agora fica a expectativa do andamento do processo de fusão com a Fibria (FIBR3), o que irá tornar a soma das duas como a maior empresa mundial do setor. A recomendação segue de compra para SUZB3, com upside de 30%. A ação está sendo negociada a um múltiplo EV/Ebitda 2018 de 8,5x e para 2019 de 6,4x.

Resultado

A Suzano Papel e Celulose anunciou nesta quinta-feira que teve prejuízo líquido de 1,85 bilhão de reais no segundo trimestre, ante lucro líquido de 199 milhões apurado em igual período do ano passado, devido a fortes perdas financeiras com o câmbio.

A empresa, que está em processo de incorporação da rival maior Fibria (SA:FIBR3), teve lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado recorde de 1,573 bilhão de reais, expansão de 36 por cento na comparação anual.

O resultado financeiro da empresa ficou negativo em 3,97 bilhões de reais, ante resultado negativo de 678 milhões um ano antes, sendo que a variação cambial causou um impacto negativo na dívida em moeda estrangeira de 2,55 bilhões de reais

Com Reuters.

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