Após queda de mais de 60% em 4 meses, ação da Via está atrativa?
A Via (VIIA3), assim como os demais varejistas, vive um momento complicado: o desempenho da companhia na bolsa tem se mostrado inferior ao do Ibovespa desde o início do ano.
Seguindo a trajetória das empresas rivais, a ação recuou 64% em quatro meses, saindo dos R$ 15,79 em 30 de junho para R$ 5,72 ao fim de novembro. Para base de comparação, o papel do Magazine Luiza (MGLU3) caiu 63% em igual período.
Para a XP Investimentos, o maior vilão da Via tem sido a piora da economia e as incertezas que rondam o cenário macro brasileiro.
Em momentos de maior volatilidade, destacou a XP, empresas de alto crescimento e expostas ao consumo acabam sofrendo mais. Soma-se a isso a crescente competição no setor de e-commerce, que torna o ambiente ainda mais difícil para a Via.
Investir ou não?
A XP manteve recomendação neutra para a Via, bem como o preço-alvo de R$ 10. O curto prazo permanecerá desafiador para o setor de consumo, sob expectativa de piora do ambiente macro em 2022, dizem os analistas da casa.
Segundo a corretora, as categorias de linha branca/eletrodomésticos, especialmente, devem sofrer pressão no período. E, como a Via é o varejista mais exposto a elas, enfrentará um período particularmente complicado no próximo ano, destaca.
No entanto, a XP acredita que a aceleração do marketplace da companhia e o desenvolvimento das soluções financeiras ajudarão a mitigar os impactos negativos.
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