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Após queda de 44%, Fundo XP Long Biased reabre e indica novas ações

13 abr 2020, 18:36 - atualizado em 13 abr 2020, 18:36
Mercados Europa DAX
O fundo, que estava fechado desde o primeiro semestre de 2018, fez mudanças na carteira após registrar a maior perda mensal (Imagem: Reuters/Kai Pfaffenbach)

A XP Asset Management vai reabrir um de seus fundos de melhor performance — e também um dos mais machucados pela crise.

O fundo XP Long Biased, o multimercado focado em ações da gestora que tem o melhor retorno de cinco anos entre pares, pretende levantar pouco mais de R$ 500 milhões, disse João Braga, corresponsável por renda variável da XP Asset.

O fundo, que estava fechado desde o primeiro semestre de 2018, fez mudanças na carteira após registrar a maior perda mensal desde que foi criado em 2013, recuando 44,4% em março.

A bolsa brasileira caiu 30% mês passado diante de temores com o impacto da crise do coronavírus sobre a atividade econômica global.

“Vivemos uma grande oportunidade: poucas vezes na vida vi preços nesse nível,” disse Braga. “Antes havia uma necessidade de concentrar mais, dado que tinha muito papel caro na bolsa. Agora isso não faz mais sentido.”

Duas das principais posições, Via Varejo (VVAR3) e Qualicorp (QUAL3), foram reduzidas e novas companhias entraram no portfólio, como Suzano (SUZB3), Eletrobras (ELET3) e B2W (BTOW3).

Neste mês, o fundo gerenciado por Braga e Marcos Peixoto sobe 4,9%, comparado a uma alta de 7,7% do Ibovespa, considerando dados de fechamento de 8 de abril. Mesmo depois da queda, o fundo ainda bate quase 100 pares no acumulado dos últimos cinco anos e não sofreu resgates, segundo Braga.

A queda no preço dos ativos permitiu a reabertura, disse, sem que o fundo ficasse grande demais para operar. Outras gestoras com produtos mais focados em bolsa, caso da Dynamo e da Atmos, também aproveitaram a janela para reabrir seus fundos.

O XP Long Biased também aumentou a posição em Vale (VALE3), que assim como a Suzano se beneficia de um real desvalorizado. O fundo também carrega posições em Banco do Brasil (BBAS3), Lojas Renner (LREN3), C&A (CEAB3), Sanepar (SAPR11), Copel (CPLE6), JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3).

“Eletrobras é uma ação defensiva e a empresa está muito menos alavancada do que no passado”, disse. Já a aposta em B2W reflete expectativa de mudanças no comportamento do consumidor — aceleradas pelo período de isolamento social. “Montamos uma carteira bem equilibrada, que me faz dormir bem.”

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