Após prejuízo do 2º trimestre, ações da Cielo fecham em queda de 3,5%
As ações da Cielo (CIEL3) reagiram negativamente ao prejuízo de R$ 75,2 milhões registrado pela empresa em seu resultado financeiro do 2º trimestre.
O papel fechou com declínio de 3,52%, a R$ 4,94 por ação.
Resultado
A companhia teve prejuízo líquido de R$ 75,2 milhões no segundo trimestre de 2020. No mesmo intervalo do ano passado, a companhia havia registrado um lucro de R$ 428,5 milhões.
A receita operacional líquida contraiu 12,5% no comparativo anual, para R$ 2,4 bilhões. O Ebitda, que representa o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, encolheu 69,7% e atingiu R$ 236 milhões.
A empresa explicou que os resultados foram fortemente impactados pelas medidas de isolamento social impostas por autoridades públicas a fim de conter a disseminação da covid-19. Os efeitos negativos também chegaram no volume financeiro de transações, que encerrou com queda de 22,2%, para R$ 127,9 bilhões.
Análise
O mercado, de modo geral, se decepcionou com os números minguados obtidos pela Cielo no decorrer do 2° trimestre de 2020.
O prejuízo tão expressivo não era esperado pelo Credit Suisse, que mensurava um lucro contido de R$ 8 milhões, enquanto que o mercado aguardava um lucro de R$ 64 milhões.
O banco suíço destaca que a surpresa positiva só veio do volume financeiro de transações, que encerrou com queda de 22,2%, correspondente a R$ 127,9 bilhões. O Credit Suisse projetava um tombo 28% no segmento.
“Apesar de segurar o volume, o lucro da Cielo continuou a se deteriorar. A Caetano, a joint venture entre a Cielo e o Banco do Brasil (BBAS3), teve uma forte contração de 67% em seu lucro”, destacam os analistas Daniel Ferdele e Felipe Cheng.