Carros elétricos

Após perder Camaçari para BYD, ‘Tesla brasileira’ mira novo estado e baterias; confira

11 mar 2024, 14:58 - atualizado em 11 mar 2024, 14:58
byd lecar
A Lecar disse sentir falta de apoio público em seu projeto e ressaltou o potencial do Brasil na construção de uma fábrica de baterias (Imagem: Lecar/Divulgação)

Na semana passada, o Governo da Bahia decepcionou os planos da Lecar, empresa brasileira de carros elétricos, baseada em Barueri, no interior de São Paulo (SP), após confirmar a venda do antigo complexo industrial que pertenceu à Ford entre 2001 e 2021 em Camaçari (BA) para a BYD.

Apesar da possibilidade de recursos jurídicos, a companhia decidiu não recorrer da decisão. “Nossos advogados alertaram sobre a morosidade desta ação e, como não podemos atrasar nossos planos de entregar carros elétricos feitos por brasileiros para brasileiros, desistimos de Camaçari para não atrasar o Brasil”, pontua o fundador da Lecar, Flávio Figueiredo Assis.

A empresa, que está em fase de finalização do protótipo do LECAR Model 459, um coupé com 400km de autonomia e preço estimado em R$ 279 mil, está em busca de uma área para instalação de sua primeira fábrica na região de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, por ser um importante polo da indústria automobilística no Brasil.

Em Camaçari, a companhia planejava instalar sua segunda fábrica, focada em uma versão popular, com valor de R$ 100 mil e 300km de autonomia. Agora, a Lecar busca um novo endereço.

“Precisamos aprender com os erros do passado para que não tenhamos novas histórias onde as empresas estrangeiras são recebidas com tapete vermelho e as nacionais ficam à mercê da própria sorte”, disse o empresário, que lamentou a falta de incentivos às companhias nacionais.

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Após negativa, Lecar mira fábrica de baterias elétricas

De acordo com os estudos da Lecar, é possível desenvolver não apenas uma montadora de carros, mas também uma fábrica de baterias elétricas no país.

Apesar da negativa por Camaçari, a empresa ressalta que não vai desistir do país.

“O Brasil possui 93% dos minerais que compõem as células de baterias de lítio. Além de sermos autossuficientes, podemos nos tornar uma grande referência no mercado global de veículos elétricos”, destaca Assis.

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