Após perder 11% em dois dias, Natura dispara mais de 7% e lidera Ibovespa
Após uma sequência de quedas, as ações da Natura (NATU3) operam na abertura dos negócios desta terça-feira com valorização de 7,21% a R$ 42,96, liderando assim os ganhos do Ibovespa. Desde as notícias de uma negociação para a compra da Avon, com a confirmação do interesse, as perdas foram de mais de 11%.
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A possível compra da companhia americana não aninou os acionistas da fabricante brasileira de cosméticos. A preocupação dos investidores é que a aquisição possa trazer dificuldades para a Natura devido ao histórico recente fraco da Avon pelo mundo. A avaliação é que a empresa perdeu credibilidade em todo o mundo. Uma prova disso é que a Avon, que já chegou a valer US$ 20 bilhões, está hoje avaliada em US$ 1,3 bilhão.
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O lado positivo seria o fortalecimento da Natura, ganhando participação no mercado internacional e se fortalecendo nos Estados Unidos. No mercado local, a Natura tem 11,7% do mercado, ficando a frente da Unilerver e do Boticário, mas por margens pequenas.
Outra questão é que a aquisição da Avon poderia comprometer o processo de reduzir o endividamento da Natura. Para o JPMorgan e do BTG Pactual (BPAC11) em relatórios divulgados ontem, o negócio pode pressionar as finanças da empresa no curto e médio prazo.
Em setembro de 2018 saíram as primeiras notícias sobre o assunto. No entanto, na época, a companhia negou as conversas. Atualmente, Avon é maior que a Natura e apresentou faturamento de US$ 5,4 bilhões em 2018, queda de 2%, enquanto a brasileira teve faturamento de R$ 13,3 bilhões em 2018, crescimento de 13,5%.