Após Oi reforçar caixa, Anatel suspende supervisão especial
O conselho diretor da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) suspendeu o acompanhamento especial a que a Oi (OIBR3) foi submetida desde que pediu a recuperação judicial, em 2016.
No comunicado ao mercado, a operadora informa que a decisão foi tomada, após a Anatel considerar que não há mais risco de liquidez no curto prazo. Ou seja, a Oi tem caixa para cumprir seus compromissos.
Desde o ano passado, a Oi intensificou a venda de ativos para fazer caixa. As duas principais medidas foram a venda da angolana Unitel por US$ 1 bilhão, e a emissão de títulos privados de dívida, no valor de R$ 2,5 bilhões.
Com os recursos dessas operações, os analistas estimam que a Oi tenha conseguido uma folga de caixa de, pelo menos, dois anos.
Já o novo presidente da Oi, Rodrigo Abreu, estima que a empresa pode gerar até R$ 20 bilhões em valor para os acionistas, se se concentrar no setor de infraestrutura para telecomunicações, como a oferta de fibras ópticas para outras operadoras e clientes finais.
Dentro do regime de acompanhamento especial da Anatel, a Oi era obrigada a informar, com antecedência, a realização de reuniões do conselho de administração, além de decisões pertinentes à venda de ativos, previsões de fluxo de caixa etc.
Veja, abaixo, a íntegra do comunicado da Oi.
Veja, abaixo, a decisão da Anatel de 2019, que submetia a Oi ao acompanhamento especial.