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Após mês positivo e Ibovespa recua com ajustes antes de feriado e Orçamento no radar

01 abr 2021, 11:48 - atualizado em 01 abr 2021, 11:49
Ibovespa
Às 11:48, o Ibovespa caía 0,80%, a 115.698.87 pontos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

A bolsa paulista mostrava alguma fraqueza no primeiro pregão de abril, apesar do ambiente favorável a risco no exterior nesta quinta-feira, em meio a dúvidas envolvendo o Orçamento de 2021 e após desempenho positivo em março.

Às 11:48, o Ibovespa caía 0,80%, a 115.698.87 pontos. Na máxima até o momento, mais cedo, chegou a subir a 117.087,69 pontos. O volume financeiro nesta véspera de feriado somava 6,6 bilhões de reais.

No mês passado, o Ibovespa subiu 6%, o primeiro desempenho positivo de 2021 e melhor resultado para março desde 2016, em meio a expectativas relacionadas a vacinas contra a Covid-19, apesar do país viver o pior momento da pandemia.

Wall Street abriu em alta, com os pregões beneficiados pelo otimismo em torno do crescimento econômico dos Estados Unidos, que teve no desdobramento mais recente o anúncio do presidente Joe Biden de um pacote de cerca de 2 trilhões de dólares.

As bolsas na Europa também mostravam sinal positivo, assim como o petróleo valorizava-se no exterior.

No Brasil, o foco está voltado para as negociações envolvendo o Orçamento do ano aprovado na semana passada pelo Congresso, com aparente descompasso entre as alas política e econômica do governo sobre o tema.

Em relação ao Orçamento, a economista-chefe da plataforma de investimentos Consulenza, Helena Veronese, destaca que, por um lado, a equipe econômica recomenda o veto parcial do projeto, alegando risco de crime de responsabilidade fiscal.

“Por outro, parlamentares pressionando para que o texto seja sancionado integralmente”, afirmou, em comentários a clientes.

A B3 divulgou nesta quinta-feira a primeira prévia da carteira teórica do Ibovespa para o período de maio a agosto, com a entrada da ação da Locaweb e confirmação de Assaí, que está no índice desde março.

Destaques

Qualicorp (QUAL3) recuava 3,06%, novamente entre os piores desempenhos do Ibovespa, ainda na esteira do resultado trimestral conhecido na noite de terça-feira, que mostrou queda em receitas, desempenho operacional e margens.

CSN (CSNA3) perdia 2,93%, em sessão negativa para o setor de mineração e siderurgia na bolsa paulista como um todo, com Vale (VALE3)  caindo 1,12%, mesmo após alta dos preços futuros do minério de ferro na China.

Bradesco (BBDC4) cedia 2,02% e Itaú Unibanco (ITUB4) recuava 1,45%, tendo no radar discussões relacionadas ao orçamento e riscos fiscais.

Petrobras (PETR4) caía 0,58%, seguindo a dinâmica mais negativa na bolsa, apesar da alta dos preços do petróleo no mercado internacional, onde o Brent subia 1,88%, a 63,92 dólares o barril.

B2W (BTOW3) valorizava-se 2,77%, em sessão de recuperação de papéis atrelados ao e-commerce, após a companhia fechar março com declínio de quase 26%. Magazine Luiza (MGLU3) subia 3,06% e Via Varejo (VVAR3) avançava 2,4%.

M.Dias Branco (MDIA3), que não está no Ibovespa, perdia 5,99%, após reportar queda no lucro do quarto trimestre, em resultado pressionado por maiores custos com trigo e câmbio, enquanto a demanda interna recuou.

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