João Doria

Após jantar com Temer, Dória diz que decisão sobre Aécio foi “serena e soberana”

18 out 2017, 3:15 - atualizado em 05 nov 2017, 13:53

Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil

O prefeito de São Paulo, João Dória, jantou na noite desta terça-feira (17) com o presidente Michel Temer no Palácio do Jaburu. Ocorrida horas antes, a votação no Senado que determinou o retorno de Aécio Neves (PSDB-MG) às atividades na Casa foi um dos assuntos no jantar, segundo admitiu o prefeito. Para Dória, tratou-se de uma decisão “pró-Congresso”.

“Falamos e entendemos que foi uma decisão serena e soberana do Congresso Nacional. Não apenas estabeleceu essa situação em prol do senador Aécio Neves, circunstancialmente do nosso partido, mas também de proteção ao Congresso Nacional. Eu diria que não foi uma decisão pró-Aécio, mas pró-Congresso”, disse Dória, na saída.

O jantar durou cerca de duas horas e o prefeito foi o único convidado de Temer. Segundo Dória, a economia foi o principal tema da noite. O prefeito apresentou dados sobre a economia de São Paulo, afirmou que a cidade vem se recuperando e os índices nos últimos dois meses são “bons de uma forma geral” na indústria, no comércio, setor de serviços e agronegócio.

Ambos confirmaram presença no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. O fórum acontecerá entre 23 e 26 de janeiro de 2018. Tanto Temer quanto Dória serão palestrantes e o prefeito se mostrou satisfeito com o evento. “Davos é a maior caixa de ressonância da economia mundial. Eu lá serei palestrante e o presidente Temer também estará lá. O Brasil terá, pela primeira vez nos últimos quatro anos, informações positivas a oferecer aos grandes investidores internacionais”.

O presidente e o prefeito jantaram camarão com mandioquinha, salada e frutas de sobremesa. Embora tenha negado que a votação da denúncia contra presidente na Câmara tenha sido conversada, Dória afirmou que Temer está “tranquilo e sereno”.

“Vi o presidente tranquilo em relação a isso e também bastante sereno em relação a este tema. Acho que o Congresso saberá tomar a decisão que for mais equilibrada, reproduzindo as manifestações dos votos que, a partir de amanhã, serão promulgados pelos parlamentares”.