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Após derretimento, chegou a hora de voltar a comprar Americanas; BB vê espaço de alta para 104%

23 set 2021, 12:49 - atualizado em 23 set 2021, 22:13
Submarino, Americanas SA, Lojas Americanas
Mas essa queda pode ser, na verdade, uma bela entrada no segmento que despontou durante a pandemia, aponta o BB Investimentos em relatório enviado a clientes (Imagem: Money Times/Diana Cheng)

A Americanas SA (AMER3) não vive um ano fácil no que diz respeito ao desempenho das ações: os papéis acumulam queda de 51,3%. Uma economia mais cambaleante somada ao aumento da concorrência pegou o setor em cheio. 

Mas esse tombo pode ser, na verdade, uma bela entrada no segmento, que despontou durante a pandemia, aponta o BB Investimentos em relatório enviado a clientes.

Segundo a analista Georgia Jorge, o preço corrente está muito aquém do valor justo da varejista. Com isso, a corretora elevou a recomendação de neutro para compra com preço-alvo de R$ 75,3 até 2022, potencial de alta de 104% ante o último fechamento.

“Incorporamos os resultados referentes ao primeiro semestre na avaliação da Americanas, bem como revisitamos premissas de crescimento e rentabilidade para o curto prazo, contemplando  a redução da alavancagem financeira nos próximos mese”, diz.

O que esperar?

Na visão da analista, os canais digitais da Americanas devem seguir apresentando forte crescimento, tanto por conta das iniciativas tomadas para aumentar a competitividade dos sellers e aumentar o nível de serviço, quanto devido às iniciativas para aumentar a recorrência do cliente.

“Apesar disso, não observamos recuperação das margens operacionais ainda este ano, mas sim apenas de 2022 em diante, conforme a companhia for sendo capaz de diluir as despesas com vendas e cash back”, ressalta.

E a fusão entre Americanas e B2W?

Para a especilialista, com a fusão, a Americanas pode acelerar suas vendas no marketplace combinado com melhoria do NPS, bem como estimular o crescimento acelerado do negócio de advertising (soluções de mídia, tecnologia e conteúdo oferecidas aos sellers do seu marketplace visando impulsionar suas vendas), “tudo isso mantendo a geração de caixa”.

Além disso, Georgia destaca a recente aquisição do Hortifruti Natural da Terra, rede varejista especializada em produtos frescos com 73 lojas em quatro estados de atuação.

“Referida aquisição complementa o sortimento de produtos frescos oferecidos aos clientes, bem como permite o aumento de recorrência de compras dada a alta frequência dos produtos dessa categoria”, completa.

Magazine e Via

O BB também revisou o preço-alvo da Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3). Ambas as ações têm grande potencial de alta, mas uma pode crescer mais. Veja no quadro:

Via Magazine
Preço-alvo R$ 20 R$ 22,90
Potencial de alta 130% 38%
Recomendação Compra Compra
GMV* R$ 21,7 bi R$ 26 bi

*GMV (volume bruto de mercadoria, em português) no primeiro semestre

De acordo com a analista Georgia, que assina o relatório, os esforços da dona da Casas Bahia em diversificar suas fontes de receita, ampliando o sortimento de categorias de produtos aos consumidores, aumentando os serviços disponíveis aos vendedores do marketplace e, principalmente, expandindo os serviços financeiros oferecidos no BanQi, “devem contribuir positivamente para a Via apresenta performance superior à do mercado nos próximos trimestres”.

No caso do Magazine Luiza, a analista diz que a capacidade de manter forte crescimento de vendas em diferentes cenários é o que a diferencia das demais companhias do setor.

“Mesmo diante de uma forte base comparativa, a companhia tem mantido constância de seu crescimento graças à maturação das diversas iniciativas tomadas ao longo dos últimos visando aumentar sua relevância junto aos consumidores”, pontua.